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16 de setembro de 2012

15 AÇÕES PARA UMA CULTURA FORTE




Às vésperas de mais uma eleição municipal ofereço minha humilde contribuição para planos de governo dos futuros prefeitos.

1. A Funalfa precisa ser uma secretaria de apoio à produção cultural e não uma produtora concorrente. A Funalfa pode e deve produzir ocupando vazios no setor. Mas a sua função enquanto secretaria municipal deve ser criar condições estruturantes para que os agentes culturais da sociedade fiquem cada vez mais fortes.

2. Vamos fazer funcionar o Teatro Paschoal Carlos Magno. Vamos buscar recursos para acabar a obra no seu projeto completo. Enquanto isso não acontece, vamos colocar o teatro em condições mínimas de operar usando parte dos recursos da Lei Murilo Mendes para isso. Numa cidade que praticamente não tem teatros é absurdo que aquele espaço continue sendo um depósito.

3. Negociar parcerias importantes com a UFJF. Por paradoxal que seja o equipamento cultural da Universidade é hoje maior e mais importante que o do município. É essencial criar parcerias significativas para ambas as partes.

4. Criar circuitos expandindo a atividade artística fora do Centro. Temos espaços importantes subutilizados, como o Teatro Solar, o Teatro do Instituto Jesus, de Benfica, entre outros. Além disso, algumas escolas privadas possuem equipamentos com qualidade para espetáculos. Vamos dialogar com todos e criar programas de intercâmbio e formação de público. Com isso, mais espaços para artistas e produtores.

5. Criar equipamentos e espaços para divulgação de eventos. A nova regulamentação do Código de Postura Municipal acabou com outdoors, restringiu a panfletagem e proibiu a colocação de cartazes em áreas públicas. Mas não criou equipamentos novos para divulgação. Vamos instalar displays apropriados em áreas de grande circulação, usar disciplinadamente os tapumes dos pontos de ônibus, entre outros.

6. Apoiar e implementar a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de JF, o Festival de Coros e outros eventos criados pelos produtores locais, fortalecendo os agentes da cidade.

7. Criar novos mecanismos de incentivo à produção cultural. Hoje temos apenas a Lei Murilo Mendes que é um concurso engessado e que engessa a dinâmica da atividade artística. Vamos criar linhas de financiamento e crédito para produtos específicos (como livros, peças, turnês, etc). Os apoios não podem ficar restritos a uma única fonte anual cheia de gargalos.

8. Desburocratizar a Lei Murilo Mendes, que hoje se preocupa mais com a documentação que com o conteúdo dos projetos. Para isso, urge discutir uma proposta de reforma do texto da Lei para que ela se atualize. É inadmissível que o processo de apresentação dos projetos seja feito em arquivo de Word impresso, consumindo pilhas de papel. Pode ser feito todo ele na internet, em site próprio e o desenvolvimento do projeto negociado com a COMIC e assessorado por ela. Não será perdida uma boa ideia por falta de um comprovante de residência, por exemplo.

9. Criar programas de cultura volante, como cinemas e bibliotecas, equipando veículos para que possam circular pelos bairros com pouca ou nenhuma alternativa de acesso à cultura.

10. Fortalecer o Conselho Municipal de Cultura, incentivando que exerça sua função precípua, ativa e constante de deliberar a política cultural para o município atuando como proponente e fiscalizador.

11. Vamos, não só integrar Juiz de Fora ao Consórcio Intermunicipal de Cultura - ideia que nasceu e foi gestada aqui e ao se consolidar excluiu Juiz de Fora de sua participação - como assumir nele nosso papel de liderança.

12. Assumir uma cadeira na Lei Estadual em Belo Horizonte, defendendo os projetos da nossa região.

13. Discutir profundamente o Carnaval de JF, recriando um modelo que seja de interesse popular, com calendário e local adequados, que reconquiste o interesse turístico e que valha o investimento que é feito na festa.

14. Criar uma Central de Eventos que sirva para organizar o calendário cultural e preste serviços como distribuição der material informativo e venda de ingressos, em local de fácil acesso do público.

15. E acima de tudo, vamos criar a Lei Mariano Procópio, uma lei de isenção fiscal municipal, por exemplo, que servirá para levantar parte dos fundos para a conclusão das obras e posteriormente para manutenção do próprio e de seu acervo.

Gueminho Bernardes, aos candidatos.

18 de agosto de 2012

NÃO TEM COMO DAR CERTO




Será absurda a ideia de condicionar o cargo de vereador ao seu desempenho num curso de graduação em... vereança?

Isso que chamamos de democracia no Brasil é uma fantasia que não funciona. Crescemos acreditando no mito de que outorgar o poder à maioria como se a quantidade representasse sabedoria. A história é repleta de provas do contrário. O poder da maioria é um regime de força.
E tudo que vemos e reclamamos resulta de um sistema político irracional.

Que tal se investíssemos numa meritocracia?

Os pretensos candidatos a vereador, por exemplo, seriam obrigados a frequentar um curso de formação, onde teriam pesada carga de conteúdos de história, legislação, administração, etc. Só seriam aprovados com altas médias. E, caso o número de aprovados excedesse o número de vagas, aí sim, seriam submetidos ao pleito eleitoral. Ou então a uma prova final.

E depois de "eleitos", a cada ano de atividade legislativa, teriam que comprovar frequência e produtividade, caso contrário, seriam automaticamente exonerados.

Como é em quase todos os postos de trabalho que exigem grande responsabilidade na sociedade. Só se ocupa provando capacidade para exercer tal cargo e não porque - por motivos às vezes absurdos - um número maior de pessoas te deu esse direito.



10 de agosto de 2012

ISSO QUE CHAMAMOS DE DEMOCRACIA




Você vai votar nas próximas eleições, mas quem elege prefeitos e vereadores (vale para deputados, senadores e presidentes) não é você, são as empresas que financiam as campanhas. São elas que investem na produção de material, contratação de marqueteiros, pagamento de lideranças e compra de votos. São elas que decidem quem vai decidir. 
O povo é só uma massa de manobra necessária para legitimar isso que chamamos de democracia. Depois de eleitos, os políticos recompensam o investimento das empresas em obras com preços e licitações combinadas. No fim, todo mundo fica feliz.

É simples e trágico assim.

Em tempo, demo-cracia no Brasil pode ser traduzida como o regime do Demo. 

8 de agosto de 2012

JUIZ DE FORA E SUAS 10 CABEÇAS DE BURRO



No meu show eu faço a piada que em Juiz de Fora não temos uma cabeça de burro, aqui é um cemitério de burros. Eu relacionei as 10 principais, na minha opinião.
Sou nativo e desde que me entendo por gente sigo atento e envolvido com as questões da cidade. Meu grupo de teatro é, talvez, a única companhia artística daqui que trata constantemente dos temas locais, seja no palco, seja na rádio (com Os Invasores) ou na TV (com o Paraybuna Connection).
E com pesar confesso que vejo poucas chances para que a minha geração veja essas caveiras de burro desenterradas e exorcizadas.
Se discorda, por favor, me convença que estou enganado.

São elas:

1. Morro do Cristo. Museus da Imagem e do Som
O antigo prédio da TV Industrial deveria ser o Museu da Imagem e do Som, lugar para celebrar a memória da cidade. É uma ruína num lugar mal equipado para o turismo. Ali ainda temos outra tradicional cabeça de burro, o restaurante do Mirante.

2. Teatro Paschoal Carlos Magno
Iniciado há mais de 30 anos a obra foi questionada, sofreu acidentes geológicos e hoje é um depósito da Funalfa numa cidade que não tem teatros.

3. Parque Halfeld
A principal praça da cidade é um lugar maltratado, feio, largado e mal ocupado, exceto por jogadores de damas, adoradores de árvores e agenciadores de programas.

4. Linha de Trem
A cidade para várias vezes por dia para ver o trem passar. Seria bucólico, não fosse o incômodo e o risco. Não é concebível que uma cidade do porte de Juiz de Fora tenha cortando-a ao meio, uma linha férrea que só serve ao transporte de carga. Discute-se a construção de trincheiras, viadutos e outras monstruosidades urbanas, mas ninguém enfrenta a proposta de um anel ferroviário.

5. Trânsito
A última importante intervenção no trânsito da cidade foi feita há cerca de trinta anos, com a construção do Mergulhão e o leiaute da Av Rio Branco, que basicamente permanece o mesmo até hoje. Três décadas depois o número de veículos e pessoas cresceu absurdamente e nenhum plano de mobilidade foi desenvolvido.

6. Tupi. Futebol
A cidade tem muito carinho pelo seu carijó, mas não tem dinheiro para fazer dele um time de verdade, competitivo. Na verdade, são raríssimas as cidades fora capitais que tenham times de futebol em condição de grandes aspirações.

7. Rio Paraibuna
Pobre Paraibuna, esgoto caudaloso. Quantas vezes viu a promessa de campanha de sua despoluição?

8. Aeroporto da Serrinha
Pequeno em local pouco adequado. Quando se pensou em fazer um aeroporto regional, a escolha política foi Goianá. Serrinha é uma caricatura de aeroporto.

9. Expominas
Um grande centro de convenções que é hoje um monumento à decadência econômica de Juiz de Fora.

10. Polo Industrial. Liderança política. Desenvolvimento.
Qual é o projeto de desenvolvimento para Juiz de Fora? Qual é a sua identidade e vocação? Juiz de Fora perde interesse de empresas que vão se instalar em Matias e Levy Gasparian! A cidade volta a ser um centro de serviços, dormitório de estudantes que sonham com a formatura e o êxodo.
Como na sua fundação, um pouso para tropeiros que aqui passavam para levar as riquezas em direção ao litoral.


5 de agosto de 2012

MEU DEUS




Pode ser que Deus exista. Mas, qual?


Considerando respeitosamente que todos existam (mesmo os que se apresentam de maneira pitoresca), parece que o problema está na convivência entre eles. São seres poderosos, absolutos, eternos, mas não conseguem inspirar seus seguidores a uma convivência harmoniosa.

Se todas as religiões se unissem num único propósito de servir ao bem da humanidade, acreditaria que elas realmente têm uma função positiva na história das civilizações.

Num mundo perfeito, todas elas deveriam renunciar à sua ideia particular de Deus em favor de um ser único, criador e amoroso, que não tivesse nome, nem rosto. E principalmente, que não criasse regras, porque a essa altura da história já podemos ser adultos o suficiente para entender o sentido da ética sem precisar que um Deus avalize.

Esse Deus libertaria seus seguidores de contribuições em dinheiro, de frequência e prática a ritos, e os templos seriam transformados em centros de educação, cultura e ajuda comunitária.

E num gesto de desprendimento, reduziriam seus mandamentos a apenas duas regras que dizem a mesma coisa:

1. Seja uma pessoa decente.
2. Faça sempre o bem.

É simples demais para que seja possível. 

3 de julho de 2012

CINEMA NOVO




O cinema no fez acreditar que toda história tem um final feliz. Na vida é diferente.

É duro pensar que o Cine Excelsior vai desaparecer definitivamente, mas quem realmente quer salvá-lo?

A Câmara Municipal poderia fazer um projeto de Lei que desapropriasse o imóvel, considerando-o de importância cultural. Porém, seria vetado pelo Executivo, que tem na decisão do COMPAC suporte legal para sua impassibilidade.

E todos esses citados (legislativo, executivo e conselhos) representam democraticamente o povo dessa cidade. E é aí que a coisa se define. O povo quer shopping, quer festas de bebida liberada, quer torresmo, quer casa em condomínio, quer vaga na faculdade e outra na rua pro carro novo.

Estamos presenciando o resultado de uma geração de opções erradas, de propaganda política, da ditadura de caciques donos de pequenos quintais. Voltamos a ser aquela cidade de passagem do século XIX, onde os tropeiros a caminho do Rio paravam e seguiam.

Juiz de Fora está deixando de ser a cidade de quem vive nela para ser a cidade de quem vive dela.

Será preciso pelo menos uma geração de opções certas pra reconstruir nossa identidade e não há nenhum sinal importante que isso vá acontecer.

Mostrem-me que estou enganado, por favor.

Se você acredita que aquela borboleta vai arrastar a pedra, siga sonhando. 

6 de junho de 2012

BANHA DE PORCO



Foi muito pra mim. Três pancadas numa semana só.

Primeiro, a notícia da criação do Consórcio Intermunicipal de Cultura da Zona da Mata que deixa Juiz de Fora de fora. O detalhe é que a ideia nasceu e foi fermentada aqui.

Segundo, o choque de ver que no lugar da tradicional Joalharia Meridiano hoje opera uma operadora de telefonia. Claro! Não sei por que motivos, mas trabalhei lá e sou mais que um amigo da família. Sei o quanto aquela loja representa pra eles e imagino como deve ter sido difícil. Sofri.

E terceiro, pela enésima vez e para não deixar dúvidas, o COMPPAC (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural) cuspiu na nossa memória afetiva e negou o tombamento do Cine Excelsior. Não viu motivos técnicos para preservar o lugar. Tombaram a Banda Daki, o Miss Gay e até mesmo o Apito do Meio Dia (ironicamente o que restou da Joalharia Meridiano), mas não conseguem entender que o Cinema Excelsior tenha importância cultural.

Pobre Juiz de Fora, cada vez mais pobre.
Aos 162 anos vai derrubando e enterrando sua história.
Chorar por quê? Temos o melhor torresmo do mundo (que, acho, ainda não foi tombado).
É o que vamos oferecer aos nossos netos e visitantes: um prato de torresmo.

De Manchester Mineira, de Princesa de Minas, de pioneira na energia elétrica, no cinema, de grande polo industrial e cultural vamos nos tornar a Capital Nacional da Gordura de Porco Frita.

27 de fevereiro de 2012

DA FATAL IMPOSSIBILIDADE










Não vai dar certo. Não tem como dar certo.

O Plano de Deus é um fiasco, basicamente porque Ele confiou parte do sucesso do projeto à espécie humana. E foi justo aí que alguma coisa deu muito errado.



O equipamento especial (cérebro e periféricos) instalado nessas criaturas - que somos nós - era pra funcionar produzindo racionalidade e inteligência. Ao contrário, somos uma multidão de idiotas e irracionais.

E essa não é a minha opinião apenas, quem disse isso foi ninguém mais ninguém menos que Jesus, o Cristo, o Filho de Deus (Aquele mesmo que começou a trapalhada toda).

Jesus, depois de ser torturado, espancado, esfolado e crucificado, olha pros céus e diz: "Pai, perdoai-lhes, eles (no caso, nós) não sabem o que fazem".

Estava claro o recado. Ele, Jesus, uma pessoa educada, escolheu bem as palavras, mas quis dizer "Pai, desiste, são um bando de idiotas".

E esses somos nós: acreditamos em novelas, discutimos Big Brother, nos entupimos de porcarias, bebemos e vamos dirigir ou brigar, ouvimos Michel Teló e acreditamos num Papai Noel que dá carros, faz gols e é fiel  pros que pagam o dízimo.

Mas o pior ainda está por vir.

Aí a gente inventa um sistema político - chamado democracia - que entrega a essa maioria de idiotas o poder de decidir sobre os destinos de todos e/ou escolher quem (esses, os espertos) vai decidir sobre o destino de todos.

(E se não for o poder nas mãos da maioria de idiotas, a alternativa é o poder na mão de um idiota.)

Não tem como dar certo.

22 de fevereiro de 2012

RESSACA




(foto da Tribuna de Minas, na segunda feira pp.)

Pesquisa realizada pela Tribuna de Minas (em seu site e publicada no impresso do último sábado), mostra que apenas 4% dos entrevistados se interessam pelo carnaval da cidade. Os restantes - quase 100% - não dão bulhufas para a festa de Momo e rumam para a praia ou lugares mais animados. Os números são extremos, mas parecem com um sentimento geral.


O Carnaval de Juiz de Fora é um paciente em coma na UTI. Se desligarem os equipamentos ele morre.
E esses equipamentos custam caro ao seu "plano de saúde", que a cada ano desperdiça cerca de dois milhões num modelo falido.

A maior parte dos recursos é gasto no Desfile das Escolas de Samba, que além da verba destinada às agremiações, ainda inclui a montagem do sambódromo, sonorização, mídias etc. E de todos, esse é o momento que oferece menor retorno à comunidade, considerando a relação custo/benefício.
 
As autoridades deveriam ter a coragem de dizer um basta. E tomar pelo menos duas atitudes radicais:

1. Se quiserem o desfile, as Escolas de Samba devem se profissionalizar para bancá-lo. Mesmo que para isso seja necessário definir um cronograma de transição.

2. Não há motivo que justifique um evento que mobiliza umas dez mil pessoas causar o transtorno que afeta seiscentos mil. O evento deve ir p.ex. para o Parque de Exposições que pode receber estrutura adequada.

A Prefeitura (via Funalfa) deveria rediscutir o modelo de evento, mas não o fará por vícios crônicos de relação com os agentes do carnaval. Importante que se diga que essa conta não é dessa administração, mas se arrasta há décadas.

Para ilustrar a deformação em questão comparo duas despesas de apoio cultural realizadas pela Prefeitura (via Funalfa).
A Campanha de Popularização do Teatro recebe R$ 10.000,00 da Funalfa e leva 15 mil pessoas aos teatros. O custo benefício do evento para os cofres públicos é de R$ 0,66. Ou seja, é isso que o município gasta para proporcionar um espetáculo de teatro para cada cidadão na plateia.

Já o desfile das Escolas recebe cerca de R$ 1.500.000,00 e leva umas 10 mil pessoas ao sambódromo. O custo benefício do evento para os cofres público é de R$ 150,00. Ou seja, é isso que o município paga por cidadão que vai ao sambódromo.

9 de janeiro de 2012

ENXURRADA DE ERROS




Todo ano chove. Chove muito nessa época.
E todo ano a chuva faz estragos.
E todo ano os governos são pegos com as calças na mão, sem galochas e sem guarda-chuvas.
E é numa hora dessas que a gente vê que paga impostos de mais e tem resultados de menos.

Há como não chover? Não.
Dizem que os fenômenos climáticos ficarão cada vez mais intensos.

Há como evitar enchentes, desabamentos? Acho que não mais.
Por todas as opções que estamos fazendo enquanto humanidade e sociedade.
As nossas intervenções no mundo onde vivemos estão se tornando cada vez mais irreversíveis, por absoluta falta de planejamento racional e perspectivas de sustentabilidade.
Desmatamos, assoreamos e mudamos cursos de rios, entupimos córregos e esgotos, ocupamos áreas que não deveriam ser habitadas, e por aí vai.

A conta vem, mais cedo ou mais tarde.
A enxurrada não escolhe suas vítimas, mas em geral quem tem a maior fração da culpa não sofre com ela.

Hoje, segunda feira 09 de janeiro de 2012, o governo federal cria uma força tarefa contra desastres naturais. Pura e estúpida propaganda, encharcada de denúncias de mal uso de verbas e suspeita de completa incompetência e ineficiência.
Ora, as providências para remediar os estragos do ano passado ainda não foram tomadas, nem as do ano anterior.

De fato, só se viu a instalação de sistemas de alarme que vão disparar sirenas na iminência do perigo.
Ao ouvi-las, o povo deve abandonar suas casas. E ir para onde?
Faltava uma voz gravada gritando "salve-se quem puder".
Pior, têm medo de sair porque suas casas serão saqueadas!

Esses somos nós, e esse é o mundo nos mostrando o que somos.