Pulei.
Quando me dei conta do que tinha feito, já era tarde.
O precipício se abria à minha frente, convidativo, acolhedor.
A sensação era maravilhosa: o ar batendo na cara, a extrema liberdade.
Até que é retirada uma pequena peça que fica lá na base do castelo de cartas e aí, lembro de me perguntar:
- Qual é o meu trato com o buraco?
Nenhum.
O abismo não foi contratado a acolher minha descida.
Sorte se tiver agarrado um dedinho à beirada.
Porque, uma queda dessa altura, parte você em muitos pedaços...