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4 de janeiro de 2009

PASCHOAL



Fizemos (na foto: Toninho Dutra, Baldutti e eu) uma visita às obras do Paschoal Carlos Magno para avaliar as providências para realizar in loco a abertura da Campanha de Popularização do Teatro.

A sensação que se tem é que falta muito pouco para transformar aquele lugar num teatro viável. Faltou, na verdade, vontade, coragem, interesse e um monte de coisas importantes, aos administradores anteriores.

O evento acontecerá no próximo dia 12, segunda, às 20 horas e todos são convidados.

2008 O ANO QUE ACABOU

Viramos o calendário e abrimos novo ciclo.

Já fiz minhas proposições para o futuro, mas acho bom dedicar umas poucas linhas ao passado. Quando dizemos que queremos um ano melhor, é bom qualificar o anterior.

Numa rápida avaliação, 2008 foi um ano marcante.

A Polícia Federal nos presenteou com uma biópsia do governo Bejani. Ele foi preso duas vezes, renunciou e levou para a galeria de indiciados alguns comparsas. É verdade que muitas perguntas continuam órfãs:
De onde vieram aqueles 1,2 milhão?
Qual o resto do conteúdo dos DVDs?
Quem mais estava envolvido e em que ordem?
Quais nomes estavam na agenda da Astransp?

Na onda de punidade, Vicentão também renunciou e junto a outros governistas foi rejeitado pelas urnas. A maioria deve continuar assombrando.

Conseguimos uma vitória histórica: salvar a Mata do Krambeck. E com essa conquista, outra mais importante: acreditar que bons princípios podem vencer a força do dinheiro.

A sucessão municipal foi uma comédia de erros. Estrelando o elenco, Tarcísio e o PMDB, com um roteiro feito nas coxas. Os figurantes Custódio e Margarida roubaram a cena, um porque se empenhou nos bastidores e a outra porque era estreante. O final todo mundo conhece. Margarida engasgou na última cena e perdeu o texto.

Eu perdi uma eleição pra vereador, perdi duas pra prefeito, ganhei uma pra Presidência da APAC e outra no CONCULT. (Aliás, o CONCULT - Conselho Municipal de Cultura - é a grande conquista da comunidade cultural nos últimos dez anos e paradoxalmente deverá ser creditada ao Bejani.)

E foi assim. Foi bom e foi ruim, como todos os outros.


2008 O ANO QUE NÃO ACABOU


Sueli Reis em foto da outra posse (chupada do site acessa)

Em entrevista ao MGTV no dia da sua posse, o prefeito Custódio Mattos afirmou que não vai fazer uma devassa na administração Bejani. Sugerindo que tem problemas suficientes para se ocupar, definiu que "se surgirem motivos, haverá investigações" (mais ou menos isso).

Motivos? Indícios? Provas? O que falta para que as autoridades municipais se interessem por uma investigação completa do governo anterior?

O ex-prefeito foi preso duas vezes, vários secretários suspeitos, milhões em dinheiro e outros bens confiscados, contratos superfaturados.
A CPI funcionou apenas para dar uma satisfação à opinião pública. Trouxe, na verdade, muito pouco resultado concreto.

Mas a leitura que se deve fazer é outra. Ao que tudo indica o acordo para botar panos quentes foi feito. A ex-Secretária do Governo Bejani (talvez o cargo estrategicamente mais importante) Sueli Reis ocupa agora duas pastas (a Secretaria de Atividades Urbanas e a Agenda JF - que pode ser extinta).

Com a equipe contaminada por gente ligada ao ex-prefeito e ampla maioria na Câmara (incluindo aqueles que - como disse Zé Eduardo - viviam beijando a mão de Bejani) corremos sério risco de perder a oportunidade histórica de limpar nosso passado recente.

Enquanto isso, 'ele' opera um novo empreendimento no Center Car, ironicamente, lavando carros e outros veículos.