Um Iraniano matou duas pessoas num café na Austrália.
Talibãs mataram mais de uma centena numa escola no Paquistão.
Nem todo muçulmano é extremista, mas o Islã é. Nem todo cristão
é fundamentalista, mas o Cristianismo é.
A intolerância está na essência das religiões, especialmente
nas três grandes do ocidente: o islamismo, o cristianismo e o judaísmo. Quem
acha que as religiões são ambientes só de bondade e amor ao próximo não conhece
os princípios da fé que expressa, impressos nos livros sagrados.
Nelas, a salvação é uma recompensa reservada aos
convertidos, àqueles que reconhecem a supremacia do único deus. E isso define
quem somos nós e quem são eles. Eles, os hereges, impuros, infiéis, sofrem aqui
ou na eternidade. E ponto.
Judeus se consideram o povo escolhido. Jesus, como bom judeu
acima de tudo, pregou o amor ao próximo se referindo ao seu povo... judeu. Esse
“próximo” é uma condição tribal. E os muçulmanos, os últimos filhos de Abraão,
herdaram entre outras coisas, essa pretensão de portadores da única verdade.
E assim, desde sempre e até hoje, as religiões e seus
princípios servem para criar divisões, separações e preconceitos. Intolerância
e conflito.
Evidentemente, a maioria dos fiéis e formada por pessoas
boas e ingênuas. Por medo do castigo ou interesse no prêmio, se comportam bem a
maior parte do tempo.
Alguns deles se tornam extremistas, fundamentalistas e
terroristas. Nós os julgamos equivocados. Mas eles têm sempre a certeza que
suas obras absurdas são inspiradas nos princípios da religião que seguem, baseados
na palavra de deus, impressa no livro.