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3 de outubro de 2014

A ISSO CHAMAMOS SOCIALISMO





No debate na Globo antes do primeiro turno, a presidanta Dilma enchia o peito para proclamar que o Bolsa Família atinge 56 milhões de brasileiros. Ela e seu marqueteiro João Santana, sabem que esse tema está no núcleo que vai decidir as eleições, porque trata-se de uma multidão que entra em pânico com a possibilidade da perda do benefício.

Ontem, porém, quando ouvi a menção dos números, em mim a informação teve efeito contrário. Fiz contas rápidas e observei que o que se está dizendo é que 25% da população pertence a famílias com renda per capta inferior a R$ 77,00.

Sustentar uma família com R$ 300,00 eu chamo de miséria. Não me interessa se a ONU, o MDS ou a FAO inventaram critérios retóricos diferentes de classificação.

Ora, imaginando uma família com quatro pessoas que ganham, cada uma, menos de R$ 77,00, esse núcleo percebe menos de R$ 300,00 por mês. Recebendo o Bolsa Família, a renda deles dobra para R$ 600,00 (na melhor das hipóteses). Melhor que nada? Claro!

Mas o que está se admitindo é que lidamos com uma massa de 56 milhões de pessoas em extrema pobreza, o que é muito conflitante com o discurso do governo de redução da miséria. Mais ainda quando Dilma promete que “se for reeleita, vamos ampliar o número de assistidos”.  
O plano então é aumentar a cobertura sobre os miseráveis e não, acabar com a pobreza?

Lógica cruel. Assim, sempre terão uma massa de eleitores que a cada quatro anos perde o sono imaginando o que será de suas vidas desgraçadas se a oposição for eleita e acabar com a esmola que o governo generosamente lhes concede todo mês.