. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Opinião disfarçada de notícia, by Gueminho Bernardes
6 de outubro de 2008
TOTEM E TABU
A candidatura do Tarcísio foi um erro de avaliação.
Porém, o maior prejudicado com sua derrota foi seu filho Júlio que - além de perder a oportunidade de ser candidato num momento em que a cidade pedia renovação - não conseguiu fazer um vereador do PSB e ficou com a responsabilidade (entenda-se abacaxi) de decidir a quem apoiar no segundo turno.
Tarcísio passou-lhe o bastão, o que metaforicamente significa receber o phalos do clã.
Júlio está numa sinuca de bico. A coerência do discurso da campanha seria apoiar Custódio, pela coisa da experiência. Porém, agora que tem o bastão na mão, passa a valer o discurso da renovação, e aí, faz sentido apoiar Margarida.
Para piorar, dificilmente ele vai conseguir levar unido seu grupo para qualquer um dos lados.
De fato, tudo indica que recebeu o bastão em lugar incômodo.
LIÇÕES DAS URNAS II
A pergunta é: a Câmara melhorou ou piorou?
É claro que só o tempo vai dizer com mais precisão. Porém, vale considerar alguns fatos.
A taxa de permanência ficou em 42%. Mantiveram seus mandatos: Figueiroa, Bruno, Flávio Cheker, ZéManuel, Pastor Carlos, Rodrigo Mattos, João do Joaninho e Isauro.
Saíram, entre outros, Vicentão, Rose, Cidão, Oliveira Stresse, do time que não vai deixar saudade.
Em seus lugares entraram os imprevisíveis Tico-Tico, Dona Ana - "A Mulher do Padre", Chico Evangelista, os Doutores José Laerte, Luiz Carlos, José Tarcísio e Fiorilo.
Novos ares ficam por conta do Castelar e do Betão.
Acho bom ficar de olho no Noraldino. Ele estava à frente da Agenda JF quando foi aprovado o licenciamento para a construção do Condomínio Brasil na Mata do Krambeck. Tudo leva a crer que existem interesses preocupantes por trás da sua candidatura, ricamente irrigada.
Fechando a lista, volta a casa o Júlio Gasparete.
E aí, na sua opinão melhorou ou piorou?
LIÇÕES DAS URNAS I
Em resumo, acabou a votação e tive 902 votos, quantidade insuficiente para ser eleito. Algumas pessoas me consolam sugerindo que esse número é importante para uma primeira campanha.
De fato, fiz uma campanha limpa e alegre que deu muita exposição e - para muitos - a sensação de que a eleição era viável. Por que a exposição não se converteu em votos? é papo pra especialistas.
O que pude observar é que uma eleição se faz na base do clientelismo e do dinheiro. Dinheiro pra comprar material, lideranças e votos. A compra de votos nessa campanha foi descarada. E a culpa se divide entre o político que compra e o povo que vende.
Não existe discussão de propostas e histórico dos candidatos. O eleitor sequer sabe pra que serve um vereador. Ele quer um paizão que lhe arrume um saco de cimento ou uma vaga na creche. A cidade que se dane.
Pensando assim, os votos que tive são de extremo valor. São pessoas que entenderam um projeto de qualidade e votaram nele.
Nos próximos dias vou pensar se quero investir numa carreira política e nas estratégias para consolidar minha imagem de político.
GRATEFUL
Aproveito para agradecer a cada um dos 902 eleitores que votou em mim.
Aos que me apoiaram e tiveram a generosidade de manifestar seu voto.
Aos dedicados funcionários que pude contratar.
Ao Nacif e à Cláudia que tiveram uma dedicação especial.
Aos meus irmãos, primos, filhos e demais parentes.
E especialmente ao meu irmão Rafael que se empolgou e assumiu a campanha com mais vontade até do que eu mesmo.
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