Pode ser que Deus exista. Mas,
qual?
Considerando respeitosamente
que todos existam (mesmo os que se apresentam de maneira pitoresca), parece que
o problema está na convivência entre eles. São seres poderosos, absolutos,
eternos, mas não conseguem inspirar seus seguidores a uma convivência
harmoniosa.
Se todas as religiões se
unissem num único propósito de servir ao bem da humanidade, acreditaria que
elas realmente têm uma função positiva na história das civilizações.
Num mundo perfeito, todas elas
deveriam renunciar à sua ideia particular de Deus em favor de um ser único,
criador e amoroso, que não tivesse nome, nem rosto. E principalmente, que não
criasse regras, porque a essa altura da história já podemos ser adultos o
suficiente para entender o sentido da ética sem precisar que um Deus avalize.
Esse Deus libertaria seus seguidores
de contribuições em dinheiro, de frequência e prática a ritos, e os templos seriam
transformados em centros de educação, cultura e ajuda comunitária.
E num gesto de
desprendimento, reduziriam seus mandamentos a apenas duas regras que dizem a
mesma coisa:
1. Seja uma pessoa decente.
2. Faça sempre o bem.
É simples demais para que
seja possível.