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28 de novembro de 2014

POLÍTICA SEM POLÍTICOS




É possível existir um sistema político democrático sem políticos profissionais como temos hoje? É possível isso que chamam de democracia direta, sem intermediários ou representantes?
É muito fácil dizer que não, porque daria muito trabalho imaginar e mais ainda implantar um modelo totalmente novo. Mas, você não acha que já passou da hora de tratar desse assunto?

Políticos, partidos e parlamentos são as instituições mais desacreditadas pela população. É um modelo falido, ineficiente, incompetente, corrupto. Então, que tal tentarmos imaginar uma alternativa? Ou pelo menos permitir o exercício intelectual.

De fato, se estivéssemos em 1980, não teríamos instrumentos para propor uma participação direta do cidadão na gestão da coisa pública. Mas, hoje, em 2014, vivemos um desenvolvimento tecnológico que abre perspectivas ilimitadas para todas as áreas. Por que não na concepção de novos modelos políticos? Esse nosso tem uns dois mil anos de vida. Talvez esteja na hora de ser aposentado.

O que proponho a seguir não é uma ideia acabada, é mais uma provocação.

O “Legislativo” será gerenciado por uma pequena equipe de profissionais concursados. Ocupam cargos por mérito e não pelo voto. O cidadão interessado vai se cadastrar em Câmaras Temáticas, por assunto ou região. E num ambiente de rede, as propostas serão elaboradas e decantadas até se chegar num texto aprovado pela maioria dos cidadãos cadastrados naquela Câmara.

O “Executivo”, da mesma maneira, terá Gestores, técnicos concursados, para administrar a vida do país. Do mesmo modo, suas deliberações terão que ser amparadas pela Legislação ou por decisões tomadas nas Câmaras Temáticas Executivas que operam também em rede, com cidadãos cadastrados.

E assim, extinguimos partidos e políticos, esses dinossauros da vida pública. O cidadão discute e decide em rede. Aí sim, o voto de cada um terá peso e criará muita dificuldade para a corrupção.

A sociedade veria nascer sem limites, Grupos de Influência, defendendo este ou aquele ponto de vista, mas sem o poder e o dinheiro. Apenas princípios ideológicos, a essência de partidos.

Não sei se é plausível ou se é viável. Mas quero apenas que em 2.514 dC, saibam que a quinhentos anos atrás, alguém imaginou um mundo que não seja controlado por gente que quase ninguém gosta nem confia. A política sem políticos.

8 de novembro de 2014

MAIS EDUCAÇÃO*




O importante debate sobre a educação no Brasil fica limitado à questão formal: verbas, salários, currículos e mecanismos de acesso.
De certo modo ignora o aspecto mais profundo e abrangente do tema:
. À maneira adequada dos indivíduos se tratarem uns aos outros com cortesia e gentileza;
. Ao comportamento correto e civilizado do cidadão, em lidar com regras e instituições.

Vamos chamar isso de “A Grande Educação”. A escola não só não consegue cuidar disso como está sofrendo por isso.

Trilhões em verbas não vão resolver se não houver um foco nisso.

A última campanha eleitoral deixou evidente nossa patologia. Enquanto discutiam Pronatecs e Escolas de Tempo Integral, candidatos e eleitores se esquartejavam em qualquer espaço possível de mídia.

Valores importantes estão em extinção. E quando isso acontece, voltamos à forma primitiva de máquinas de sobrevivência, a quem só importa consumir e reproduzir.

*Me inspirei num comentário do Igor estranhando quando alguém lhe agradeceu por ceder um lugar na fila. E na narrativa da Juliana sobre uma absurda abordagem de agentes de trânsito que resultou na apreensão do carro dela.