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27 de junho de 2011

JESSIE J STRIKES AGAIN

Aos amigos que me honram com a visita, um pouco mais dessa deusa, Jessie J, em clip raro no SNL.
Para começar a semana com mais alegria.

Jessie J Mamma Knows Best from Gueminho Bernardes on Vimeo.

25 de junho de 2011

PERIFERIA MENTAL




Eu não consigo engolir esse discurso da grande revolução tecnológica.

Até agora o principal quantitativo não passa de uma explosão de consumo com mudança de certos hábitos. Nem todos para melhor.

Os dois principais equipamentos que alavancaram essa expansão – o telefone celular e o computador – mudaram muitos comportamentos, mas reforçaram características nem tão positivas do ser humano.

A grande teia que se estabeleceu entre os indivíduos a partir do final do último século serve em esmagadora parte apenas para glamourizar a mesma vida medíocre de antes.

Cumpriu-se a previsão de Andy Warhol sobre os quinze minutos de fama a que todos teríamos direito, porém o custo e o benefício dessa exposição não foram considerados.

A criatura não mede esforços ou limites pra ter seu filminho acessado no youtube. Comediantes perdem a noção da piada e se acomodam no grotesco em busca da audiência. E os minutos que se seguem aos quinze de sucesso são o resto de uma vida de humilhação e esquecimento.

O espaço virtual é um grande aterro sanitário de futilidades.
O (praticamente) ilimitado volume de dados disponibilizado não encontra receptores preparados. Nunca houve tanta informação e ao mesmo tempo não se sabe o que fazer com ela.

As pessoas entram na internet, mas a internet não entra nas pessoas. Elas levam sua favela mental para dentro da rede ao invés de se enriquecer com ela.

Elas têm celulares, iPads, tablets, blackberrys, netbooks, mas não sabem usar corretamente uma privada.
Não conseguem ter relações civilizadas e acham que porque compraram um eletrodoméstico são seres do terceiro milênio.

23 de junho de 2011

FRAKENSTREM




Juiz de Fora é cortada ao meio por uma linha de trem de carga. Várias vezes ao dia a cidade para pra ver o trem passar. Seria bucólico não fosse insuportável e descabido.

Até existe quem goste do trem passando no meio da cidade (eu conheço uma pessoa), mas o fato é que o transtorno implica em medidas que vão piorar a dinâmica da cidade: construção de passarelas nas passagens de nível, viadutos, etc.

Hoje em dia eu acho mais fácil a MRS tirar Juiz de Fora de cima da sua linha do que Juiz de Fora tirar a linha do trem de dentro da cidade.

E entra governo e sai governo, a cidade cresce (ou incha) e o assunto é empurrado com a barriga.

Juiz de Fora cresce como um Frankenstein, há décadas com um planejamento de remendos e enxertos.


SÃO CARLOS ALBERTO

Provoquei a fúria dos seguidores do Bejanismo quando propus uma pesquisa eleitoral num cenário em que Bejani não é candidato. Há motivos para supor que a lei da Ficha Limpa - que vai vigorar em 2012 - vetará suas pretensões.

Eu acho incrível que depois de todos os fatos, filmes, provas, prisões, apreensões, ainda exista gente que defenda sua candidatura com tanto vigor. Bejani não tem eleitores, tem seguidores. É uma seita fundamentalista.

O que tenho ouvido de muita gente é uma injustificada saudade de Bejani motivada pela frustação em relação à atual administração. Ora, existem outras opções. Ou vale o "ele roubava, mas fazia"?

Acho que será saudável se Bejani sair candidato.
O debate sobre a Ficha Limpa, sobre improbidade, sobre corrupção, será importante para a cidade.

Se a candidatura dele for vetada, ganha a consciência sobre o valor da honestidade no trato da coisa pública. Se não for, vamos reviver imagens e lembranças dos seus últimos passos à frente do executivo.

Em qualquer cenário, teremos eleições educativas.

8 de junho de 2011

CASA (CIVIL) MAL ASSOMBRADA




Palocci mais uma vez foi leal ao seu patrão, o grande capital.

Ele mostra ser um bom cabrito, perde o cargo, o emprego, a dignidade, a imagem, a credibilidade, a respeitabilidade, mas não entrega ninguém e não perde o rendimento.

Calma! Daqui a três anos Lula será novamente presidente e ele volta, até mostrar sua inevitável vocação para a improbidade.

E por todo o país os éticos que ganham 2 mil por mês batem no peito clamando por transparência. Abrir mão de salário mínimo de classe média é fácil, mas você abriria mão de 20 milhões por ano?

No contexto do mundo que vivemos onde o sonho da sociedade é ter um iPad 2, Palocci é o padrão.

Errado está tudo, Palocci está certo.


VÂNDALO DE C* É ROLA

Posso até concordar que a invasão do quartel não foi a medida mais equilibrada feitas pelos bombeiros.

Porém, quem cobra equilíbrio dessa gente, deve primeiro fazer o serviço (filho da puta de difícil e perigoso) deles por anos, por um salário de R$ 950,00 (o pior do Brasil) com o qual tem que sustentar toda a família.

Depois vem falar que eles exageraram.

5 de junho de 2011

FMI NA ECONOMIA DOS OUTROS É REFRESCO

STRAUS-KHAN IN JAIL from Gueminho Bernardes on Vimeo.


O ex-diretor do FMI Strupauss-Khan, na cadeia troca ideias com dois presidiários. O final é explosivo.

Fico sempre pensando, por que não temos no Brasil um programa como Saturday Nite Live?

Mais um presente aos meus visitantes.

RIQUEZA E MISÉRIA




É irônico, mas o mesmo governo lidou com dois extremos nessa semana: de um lado, o ministro Palocci - ele ainda e de novo - tenta explicar como ganhou tanto dinheiro; e do outro, Dilma apresenta o programa que pretende tirar da extrema miséria uns 10 milhões de brasileiros que ganham menos de 70 reais por mês.

No primeiro caso, o do Ministro Consultor que combina uma entrevista exclusiva com a insuspeita Rede Globo ao invés de convocar uma coletiva ou comparecer ao plenário do Congresso, duas opções previsíveis.
Na combinada exclusiva da Globo, Palocci fala tudo, menos o que todo mundo quer saber: quanto ganhou? Quem pagou os serviços? O que rezam esses contratos? Em que medida estar no governo garantiu resultados?

Eu ainda tenho outra curiosidade e gostaria que o pessoal da área privada me ajudasse a entender: é normal esse lucro? As empresas de consultoria faturam tanto assim? Porque ele trata do assunto de ganhar 20 milhões em uns poucos anos como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Do outro lado, lá vem mais uma bolsa. Dessa vez pra puxar o pessoal lá do fundo do poço, os que ganham U$ 1,5 por dia, o que dá uns 45 dólares ou 70 reais.

Ora, Dilma, isso não existe. Se alguém disser que vive com menos de 70 reais por mês essa pessoa está morta ou está mentindo. Não é possível que alguém viva com menos de 3 reais por dia!
Portanto, sugiro que cancele esse programa, aumente o salário dos bombeiros, ou enfie essa grana no estádio do Corinthians, o que vai deixar seu chefe muito satisfeito.

Por fim, Palocci, eu quero te dizer que acredito que, se porventura há no Brasil quem ganhe - e viva - com menos de R$ 70,00 por mês é porque existem políticos que ganham 20 bilhões em quatro anos.

BY PET, BYE



Hoje o grande Petkovic se despede do futebol.

Rendo minhas homenagens postando esse gol que nunca vai sair da nossa memória (e nem da dos vascaínos).

Saboreiem.

1 de junho de 2011

DENTRO E FORA



Quanto vale o artista local?

Ontem ouvi uma amiga dizendo que passa os fins de semana no Rio porque os homens de lá são melhores. Não é de hoje que a gente sabe que o estrangeiro leva vantagem, ainda mais se falar outro idioma (mesmo que seja castelhano).

Isso está na base do nosso atraso. Essa admiração que temos pelo "de fora", tragicamente marcado no nome da nossa cidade, Juiz "de Fora".

Corrijam-me os historiadores, mas a fundação de JF está ligada ao trânsito de mercadorias que vinham das minas para os portos no Rio. Ou seja, nascemos olhando para o litoral, como uma parada de tropeiros.

Para piorar, nossos ancestrais criaram esse nome terrível que não significa nada além de fazer referência a alguém que nem é ou está aqui.

No último fim de semana a Funalfa realizou o "Corredor Cultural" enchendo a cidade de shows e eventos. Correu nos bastidores uma discussão a boca miúda sobre o valor pago aos artistas locais pelo trabalho. O cachê líquido per capta ficou perto de uns R$ 130,00.

Seja por espírito de colaboração, por falta de dinheiro ou por contrapartida de projetos aprovados na Lei Murilo Mendes, muitos aderiram e geraram uma falsa imagem de fermentação cultural.
Com certeza os artistas "de fora" não vieram por este cachê miserável. E não há aí uma discussão de qualidade, mas o critério de ser daqui ou "de fora".

Esse tratamento discriminatório é sentido nos espaços da imprensa, no interesse do público, nos patrocinadores e perigosamente no gerente cultural do município.

Que a cidade considere que o artista de fora vale mais é um preconceito compreensível por diversos motivos. Que se conforme com isso, é inadmissível. Particularmente a Funalfa pode achar que há uma diferença de nível entre o produto cultural local e o estrangeiro, mas ela tem a obrigação de eliminar essa distância.

Juiz de Fora tem olhar pra dentro e gostar mais de si mesma. Ou então, continuaremos sendo eternamente plateia do desenvolvimento alheio.