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3 de julho de 2012

CINEMA NOVO




O cinema no fez acreditar que toda história tem um final feliz. Na vida é diferente.

É duro pensar que o Cine Excelsior vai desaparecer definitivamente, mas quem realmente quer salvá-lo?

A Câmara Municipal poderia fazer um projeto de Lei que desapropriasse o imóvel, considerando-o de importância cultural. Porém, seria vetado pelo Executivo, que tem na decisão do COMPAC suporte legal para sua impassibilidade.

E todos esses citados (legislativo, executivo e conselhos) representam democraticamente o povo dessa cidade. E é aí que a coisa se define. O povo quer shopping, quer festas de bebida liberada, quer torresmo, quer casa em condomínio, quer vaga na faculdade e outra na rua pro carro novo.

Estamos presenciando o resultado de uma geração de opções erradas, de propaganda política, da ditadura de caciques donos de pequenos quintais. Voltamos a ser aquela cidade de passagem do século XIX, onde os tropeiros a caminho do Rio paravam e seguiam.

Juiz de Fora está deixando de ser a cidade de quem vive nela para ser a cidade de quem vive dela.

Será preciso pelo menos uma geração de opções certas pra reconstruir nossa identidade e não há nenhum sinal importante que isso vá acontecer.

Mostrem-me que estou enganado, por favor.

Se você acredita que aquela borboleta vai arrastar a pedra, siga sonhando.