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16 de setembro de 2007

EN-GRAÇADO

















O jacu é muito tímido e difícil de fotografar. Prometo uma pose melhor da próxima vez.


Quando dizemos que uma coisa é engraçada, estamos atribuindo-lhe o dom da graça. A graça é a presença do divino.
Os comediantes têm o poder de colocar o público em contato com o sublime. E é maravilhoso pensar que o riso é o efeito dessa relação mística.
Imaginem, com todo respeito, se Jesus tivesse sido um humorista e os evangelhos fossem livros de piadas, ensinando o amor com humor. E nas igrejas todos se reunissem para rir e saudar ao Senhor com alegria.

Eu tenho profunda consciência da importância da comédia enquanto instrumento de elevação da alma. Isso dá um sentido maior ao trabalho do TQ. O público pode não ter consciência disso, mas sente no fundo da alma.

No último sábado mais de 550 pessoas assistiram ao novo show do grupo. Outras 300 não conseguiram entrar.

É a graça, agindo em nós.
Somos gratos.


Belo buquê que abriu debaixo do pé de caqui

FACA NA CAVEIRA



TROPA DE ELITE

Eu vi o filme, ou a versão pirata dele, uma vez que o próprio ainda não foi lançado. Dizem que já foram feitos mais de 150 mil downloads, fora a venda direta. Essa campanha toda contra a pirataria é inútil se não levar em conta todos os fatores que levam à criação de uma indústria informal.
Mas eu não quero falar disso agora, quero falar do filme.

O filme é muito bom! Há tempo não sentia tanto prazer em ver um filme brasileiro. Eu acho que o nosso cinema padece de dois males graves. O primeiro é o excesso de realidade. Falta ficção, poesia, humor, inteligência. Falta uma cultura de roteiristas. Segundo, é o excesso de atores de televisão, particularmente das novelas da Globo. Os filmes ficam sempre parecidos com tele-produtos, quando não são produzidos para TV e depois embalados para cinema.

Cinema pra mim é a melhor diversão e não um exercício de cidadania e civismo.

A pior coisa do TROPA DE ELITE é o Wagner Moura, que não convence como comandante do BOPE, com aquela cara de bebê. A narrativa é muito boa e a abordagem do tema que escapa do maniqueísmo de tratar polícia como bandido e bandido como mocinho, ou vice e versa.

O retrato é cruel e chega a ser engraçado. A corrupção atinge o ponto em que os policiais começam a roubar uns dos outros.

Num país onde o partido do presidente é uma quadrilha, o que se pode esperar?


O cidadão é um macaco-barbudo que fez pose no meio do bambuzal atrás da piscina. Recusou a banana, porque prefere folhas e brotos
FALAR EM BANDIDAGEM...

Renan Calheiros foi absolvido. Quem ficou chocado?
Em pouco tempo teremos absorvido mais esse chute no saco da democracia, que nos dias de hoje significa o regime dos espertos.

Não somos governados pelo congresso ou pelo executivo. Existe uma nova classe social, formada por gente de vários setores (polícia, políticos, juízes, empresários, traficantes, seqüestradores, usineiros, bispos, cafetões, banqueiros, sindicalistas, lobistas, etc).

Os ratos discutem o que fazer com o queijo. E quem acha que eles vão aprovar uma reforma que tire deles o acepipe?