Nos últimos dias só se fala
nisso.
Vandalismo aqui, vandalismo
acolá.
No meu tempo, vandalizar era
cantar uma música do Vando. De geração pra geração as palavras ganham novos
significados, mas preservam o conteúdo devastador.
Voltando aos vândalos (que
todo mundo já sabe que não são seguidores do Vando). Eles estão misturados nas
manifestações. Ocorrem na proporção de um para cada milhão de manifestantes,
mas é fácil vê-los em ação. Não pelo que fazem, mas porque eles têm o celular
dos editores dos telejornais e as equipes sabem exatamente onde encontrá-los.
Também é fácil identificar um
vândalo porque eles fazem o que fazem, ou seja, o vandalismo, fora das
manifestações, longe delas, em outro momento, em outro lugar, mas mesmo assim -
mesmo fazendo alguma coisa contrária à manifestação - são considerados parte
dela.
Passei os últimos dias
observando a ação dos vândalos o que não foi difícil, porque as emissoras de TV
só mostraram o duro e dedicado trabalho deles. Ainda mais que o locutor dos
eventos na Band era o Datena, imagine!
Assim sendo, ofereço a quem
ainda não conhece, a tipologia dos vândalos, que eu classifiquei em três
grupos:
1. O pessoal do Sergio Cabral.
Ninguém sabe explicar porque
eles receberam essa denominação, mas são gente que um governo contrata para se
infiltrar numa manifestação de oposição, fingir que estão na mesma vibe e na
hora certa vandalizam. Desse jeito, sujam a imagem do grupo maior e ainda
conseguem arrastar alguns idiotas impulsivos, o segundo grupo.
2. Os idiotas compulsivos.
São os manifestantes que
chegam em frente à Prefeitura ou ao Congresso e gritam: "Vamos invadir!"
Eles não têm a menor ideia do
que fazer depois. Isso, se der certo a invasão.
No cinema, são aqueles
antigos gênios do mal que alugavam uma caverna num vulcão extinto e tinham um
plano pra dominar o mundo, sem saber o quanto isso é complicado.
3. Os Bandidos.
Também conhecidos como
marginais, assaltantes, saqueadores, meliantes, criminosos, delinquentes,
facínoras.
Costumam ser parceiros da PM
e alguns estão contratados como "pessoal do Sergio Cabral", o que
pode explicar o mole que estão tendo principalmente no Rio.
Estão tocando o terror e
ninguém os incomoda, claro, primeiro porque precisam gerar imagens para o
Datena e depois porque a PM está ocupada batendo num estudante com cartaz ofensivo
à Copa de 2014.
Entendeu?