Você me encontra também no Facebook e no Twitter

12 de março de 2008

ETNIAS E COTAS



O sistema de cotas nas universidades brasileiras sempre me deixou com uma pulga atrás da orelha. Seus defensores alegam que é a maneira de "pagar uma dívida histórica com os povos segregados (negros e índios)".

No momento, estamos aprovando a criação de um Conselho Municipal de Cultura que tem 11 cadeiras reservadas para a sociedade (des)organizada e lá está de novo o sistema de cotas: um dos assentos é garantido a um representante das "etnias existentes no Município com reconhecida atuação na área cultural".
Fui informado pelo representante do povo cigano que Juiz de Fora tem "centenas de etnias". Eu juro que não sabia que eram tantas. Talvez se devesse criar então um Conselho Municipal de Etnias para administrar tanta diversidade. Quem sabe no futuro seremos uma África, com tribos se matando pelo poder?

Até quando vamos acentuar nossas diferenças?

Até que eu me convença do contrário, sou contra esse sistema de cotas pelo simples motivo que é racista, portanto inconstitucional e irracional. Ele discrimina.
Exagerando, seria como pleitear um caixa de banco ou lugares no ônibus para negros, o que faz lembrar um passado não tão distante onde a sociedade tratava assim o assunto.

A ciência já provou que a raça não é um conceito biológico. Somos seres humanos idênticos, independentemente da cor da pele ou da largura do nariz. Insistir em garantir privilégios para essa ou aquela etnia significa criar um sistema de exclusão, quando deveríamos pensar em modelos inclusivos.

Chega de ficar dizendo "esses são negros, esses são brancos". Vamos dizer, somos todos seres humanos e se alguns merecem privilégios será por motivos objetivos: são crianças, mulheres grávidas, portadores de necessidades especiais, idosos, doentes e coisas que tal.