Um rei queria que todos aceitassem o seu poder.
Um dos sábios aconselhou: “Escreva um livro”.
E então o rei escreveu o livro.
Nele, falava sobre um deus todo poderoso, o que todos
acreditavam fosse verdade.
E que o rei era o seu representante na terra, o que muitos
acreditavam.
E uma vez que o rei era o representante de deus, o que o rei
escreveu era em verdade a palavra de deus.
E assim sendo, por conclusão, o rei tinha o mesmo poder
absoluto e todos deviam obediência absoluta ao rei como a deus.
Porque estava escrito no livro.
Ano após ano, todos liam o livro e aprendiam com ele.
Quando alguém ousava duvidar do poder do rei seus assessores
logo lembravam: “Está escrito no livro”.
No livro havia regras que cuidavam de tudo que dizia
respeito à vida de cada um e de todos. E todos acatavam porque estava escrito
no livro. E o livro era a vontade de deus.
Só que, com o passar dos anos, esqueceu-se que quem escreveu
o livro foi o próprio rei. Mas isso nem importava mais, porque todos
acreditavam que o que estava escrito era a verdade, porque era a palavra de
deus.
E os séculos se passaram, reis foram, reis vieram e o livro
permaneceu eterno, como o deus que o escreveu.
Moral da história:
Pode-se dominar um povo com armas, mas se quer dominar suas almas, escreva um
livro.