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15 de maio de 2015

É MENTIRA





A vigarice na internet se fundamenta na predisposição que o ser humano tem de acreditar em qualquer coisa. Isso não é novo, mas foi potencializado com o ambiente infinitamente volumoso da grande rede virtual.

O que se observa é que, via de regra, as pessoas não sabem reconhecer uma mentira. Em muitos casos por burrice, outros por ignorância e também por preguiça de pensar e duvidar. Vivemos num momento em que somos encharcados por tanto embuste que é difícil demais reconhecer a verdade.

É mais fácil engolir qualquer resposta e dar baixa na lista de dúvidas. Às toneladas, curtem, comentam e compartilham boatos e mentiras, alguns destrutivos. Caem como patinhos em armadilhas de hackers que espalham mais vírus que o Aedes. Existe até uma palavra pra isso: hoax.

Acreditam em qualquer propaganda, no parceiro que diz "eu te amo", no governo que promete um "ajuste fiscal" que vai melhorar sua vida e no livro que se arvora ao status de "a palavra de Deus". Também porque acreditam em Deus, sem, jamais colocar sua crença em dúvida.

Recentemente vi um vlog com o título "As Maiores Mentiras da Internet". Aparentemente pretendia desmascarar boatos e farsas, mas morde o próprio rabo. Quando fala do boato de que a "Friboi é do filho do Lula" comete o pecado que condena: não investiga o rumor a fundo. Claro que a Friboi não é do filho do Lula, mas tem verba do BNDES e da CEF num volume que faz do governo seu sócio. Nesse sentido, a Friboi ser do Lula ou do Lulinha pode não ser totalmente mentira.

Isso mostra quão frágil é a película que separa uma coisa de outra. Não falar mentira não significa dizer a verdade.