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27 de fevereiro de 2012

DA FATAL IMPOSSIBILIDADE










Não vai dar certo. Não tem como dar certo.

O Plano de Deus é um fiasco, basicamente porque Ele confiou parte do sucesso do projeto à espécie humana. E foi justo aí que alguma coisa deu muito errado.



O equipamento especial (cérebro e periféricos) instalado nessas criaturas - que somos nós - era pra funcionar produzindo racionalidade e inteligência. Ao contrário, somos uma multidão de idiotas e irracionais.

E essa não é a minha opinião apenas, quem disse isso foi ninguém mais ninguém menos que Jesus, o Cristo, o Filho de Deus (Aquele mesmo que começou a trapalhada toda).

Jesus, depois de ser torturado, espancado, esfolado e crucificado, olha pros céus e diz: "Pai, perdoai-lhes, eles (no caso, nós) não sabem o que fazem".

Estava claro o recado. Ele, Jesus, uma pessoa educada, escolheu bem as palavras, mas quis dizer "Pai, desiste, são um bando de idiotas".

E esses somos nós: acreditamos em novelas, discutimos Big Brother, nos entupimos de porcarias, bebemos e vamos dirigir ou brigar, ouvimos Michel Teló e acreditamos num Papai Noel que dá carros, faz gols e é fiel  pros que pagam o dízimo.

Mas o pior ainda está por vir.

Aí a gente inventa um sistema político - chamado democracia - que entrega a essa maioria de idiotas o poder de decidir sobre os destinos de todos e/ou escolher quem (esses, os espertos) vai decidir sobre o destino de todos.

(E se não for o poder nas mãos da maioria de idiotas, a alternativa é o poder na mão de um idiota.)

Não tem como dar certo.

22 de fevereiro de 2012

RESSACA




(foto da Tribuna de Minas, na segunda feira pp.)

Pesquisa realizada pela Tribuna de Minas (em seu site e publicada no impresso do último sábado), mostra que apenas 4% dos entrevistados se interessam pelo carnaval da cidade. Os restantes - quase 100% - não dão bulhufas para a festa de Momo e rumam para a praia ou lugares mais animados. Os números são extremos, mas parecem com um sentimento geral.


O Carnaval de Juiz de Fora é um paciente em coma na UTI. Se desligarem os equipamentos ele morre.
E esses equipamentos custam caro ao seu "plano de saúde", que a cada ano desperdiça cerca de dois milhões num modelo falido.

A maior parte dos recursos é gasto no Desfile das Escolas de Samba, que além da verba destinada às agremiações, ainda inclui a montagem do sambódromo, sonorização, mídias etc. E de todos, esse é o momento que oferece menor retorno à comunidade, considerando a relação custo/benefício.
 
As autoridades deveriam ter a coragem de dizer um basta. E tomar pelo menos duas atitudes radicais:

1. Se quiserem o desfile, as Escolas de Samba devem se profissionalizar para bancá-lo. Mesmo que para isso seja necessário definir um cronograma de transição.

2. Não há motivo que justifique um evento que mobiliza umas dez mil pessoas causar o transtorno que afeta seiscentos mil. O evento deve ir p.ex. para o Parque de Exposições que pode receber estrutura adequada.

A Prefeitura (via Funalfa) deveria rediscutir o modelo de evento, mas não o fará por vícios crônicos de relação com os agentes do carnaval. Importante que se diga que essa conta não é dessa administração, mas se arrasta há décadas.

Para ilustrar a deformação em questão comparo duas despesas de apoio cultural realizadas pela Prefeitura (via Funalfa).
A Campanha de Popularização do Teatro recebe R$ 10.000,00 da Funalfa e leva 15 mil pessoas aos teatros. O custo benefício do evento para os cofres públicos é de R$ 0,66. Ou seja, é isso que o município gasta para proporcionar um espetáculo de teatro para cada cidadão na plateia.

Já o desfile das Escolas recebe cerca de R$ 1.500.000,00 e leva umas 10 mil pessoas ao sambódromo. O custo benefício do evento para os cofres público é de R$ 150,00. Ou seja, é isso que o município paga por cidadão que vai ao sambódromo.