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26 de janeiro de 2014

O QUE DISSE?!


Os governos não sabem lidar com a opinião.
Opinião, pra eles, é crítica e quem critica é adversário e adversário é inimigo. E inimigo tem que ser eliminado, neutralizado.
Nos corredores dos palácios se diz: “Quem não está conosco está contra”.

Quem viveu os anos 70 e redondezas, conviveu ou enfrentou as mazelas da censura. Era lei, oficial, uma instituição organizada e visível. Havia regras.
Com o advento da nova democracia brasileira se quer fazer crer que não há mais censura, porém (não apenas acho, mas sinto na pele), ela apenas se adequou a uma forma mais flexível de operação.

Especialmente tendo à mão as novas ferramentas tecnológicas, toda opinião é rastreada e controlada. Por “controlada” entendo uma estratégia de controle de danos.
Num sistema que se inspira no estalinismo, na Gestapo, no Big Brother orweliano e em coisas assim, empresas especializadas monitoram tudo que se diz nas redes e mídias, montando a seguinte equação:

O que se diz > quem diz > qual o alcance (quantitativo) >
qual a repercussão (qualitativo) > consequências.

No item “consequências” discute-se formas de ação para reverter o que for considerado negativo, que vão desde enfrentar com argumentos até sufocar a pessoa considerada inimiga. Para essa, as portas se fecham, os recursos somem, os “amigos” desaparecem e ela é deixada à míngua até se tornar um ninguém.

Se você “fala mal” de um governo e não sente consequências saiba que isso só acontece porque para esse governo você não é considerado “alguém”.

As empresas privadas operam da mesma maneira, com a diferença que algumas atingiram a maturidade de transformar críticas em melhorias do seus produtos e serviços.


Quer sobreviver no mundo? Cale a boca e aprenda a fingir um belo sorriso.