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23 de junho de 2011

FRAKENSTREM




Juiz de Fora é cortada ao meio por uma linha de trem de carga. Várias vezes ao dia a cidade para pra ver o trem passar. Seria bucólico não fosse insuportável e descabido.

Até existe quem goste do trem passando no meio da cidade (eu conheço uma pessoa), mas o fato é que o transtorno implica em medidas que vão piorar a dinâmica da cidade: construção de passarelas nas passagens de nível, viadutos, etc.

Hoje em dia eu acho mais fácil a MRS tirar Juiz de Fora de cima da sua linha do que Juiz de Fora tirar a linha do trem de dentro da cidade.

E entra governo e sai governo, a cidade cresce (ou incha) e o assunto é empurrado com a barriga.

Juiz de Fora cresce como um Frankenstein, há décadas com um planejamento de remendos e enxertos.


SÃO CARLOS ALBERTO

Provoquei a fúria dos seguidores do Bejanismo quando propus uma pesquisa eleitoral num cenário em que Bejani não é candidato. Há motivos para supor que a lei da Ficha Limpa - que vai vigorar em 2012 - vetará suas pretensões.

Eu acho incrível que depois de todos os fatos, filmes, provas, prisões, apreensões, ainda exista gente que defenda sua candidatura com tanto vigor. Bejani não tem eleitores, tem seguidores. É uma seita fundamentalista.

O que tenho ouvido de muita gente é uma injustificada saudade de Bejani motivada pela frustação em relação à atual administração. Ora, existem outras opções. Ou vale o "ele roubava, mas fazia"?

Acho que será saudável se Bejani sair candidato.
O debate sobre a Ficha Limpa, sobre improbidade, sobre corrupção, será importante para a cidade.

Se a candidatura dele for vetada, ganha a consciência sobre o valor da honestidade no trato da coisa pública. Se não for, vamos reviver imagens e lembranças dos seus últimos passos à frente do executivo.

Em qualquer cenário, teremos eleições educativas.