Eu quero parabenizar o
prefeito Bruno Siqueira por ter resolvido de maneira simples uma situação que
parecia insolúvel: o engarrafamento no anel viário da UFJF. Me refiro àquela
pequena obra que abriu a saída no pórtico norte. Gostaria de saber o nome da
pessoa que bancou a proposta e agradecer a ela.
Por anos e anos acompanhei o
debate entre técnicos, engenheiros, especialistas. Ideias mirabolantes, algumas
sugerindo uma rota absurda que obrigava o usuário a passar pelo estádio para
chegar ao bairro. Vi também a intolerância antipática de uma parte da
comunidade acadêmica que propunha vedar o tráfego por dentro da Universidade.
Foi mágico!
Foi como tirar o espinho da
pata do leão. Uma pequena intervenção e o problema foi quase eliminado, ou pelo
menos reduzido a níveis suportáveis.
Atualmente estou frequentando
os labirintos do SUS para conseguir um tratamento. E liguei uma coisa à outra.
Não sou especialista mas observei que pequenas providências poderiam melhorar
muito o absurdo gerenciamento da saúde.
Fui fazer uma avaliação cirúrgica.
Nem vou falar do excesso de gente, da falta de médicos, das condições na sala
de espera, do tempo do atendimento. Depois de examinado, o médico me pediu um
exame de sangue e outro chamado de risco cirúrgico, que é basicamente avaliação
cardíaca. Aqui começa minha sugestão.
Da sala, fui a outra parte do
prédio para solicitar o exame de sangue. O risco cirúrgico tinha que ser feito
em outro prédio. No dia seguinte madruguei na fila para fazer o exame cardíaco
e naquele lugar só fiz o eletro. A avaliação do médico viria através de uma
consulta com cardiologista que deveria ser marcada num outro lugar. Fui lá e
nem vou mencionar a fila ou o fato do sistema estar fora do ar, mas o
desperdício de tempo de ir a tantos lugares como decorrência de um único
procedimento.
Aí pensei (aplicando o
princípio do espinho na pata do leão), por que no lugar onde fiz a primeira
consulta, ali mesmo não poderia ter todas as próximas consultas marcadas? O
Sistema não é único? E, pelo amor de Deus, não está informatizado? E, por que
cargas d’água não consegue operar numa plataforma estável?
Dilma disse outro dia que o
governo gastou trilhões na saúde. Não falta dinheiro. Falta inteligência e
vontade política para dar condições dignas aos usuários.