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23 de maio de 2014

DEUS ME LIVRE



Eu não tenho implicância com as religiões. São elas que têm implicância com a humanidade e sua irrefreável jornada evolutiva ascendente.
Qual o problema de vocês e do seu minúsculo deus?

Criminosos terroristas adoradores de Allah que em seu nome sequestraram duzentas adolescentes na Nigéria porque cometeram o crime de frequentar uma escola. E vão vendê-las como escravas sexuais.

O Papa vai a Jerusalém para realizar a façanha – acreditem – de rezar um Pai Nosso com seus irmãos ortodoxos, coisa que não fazem há mil anos. Adoram o mesmo Deus, clamam pelo mesmo Jesus, o Cristo, mas não conseguem se dar as mãos e rezar uma oração juntos?

No Congresso brasileiro, a bancada evangélica – que representa a região mais sombria da nossa civilização - recusava aprovar um projeto de lei que criminaliza a violência doméstica, sob o falacioso argumento de que “o estado não deve se meter em questões familiares”. Pais e mães podem bater o quanto quiserem em seus filhos porque essa é uma questão íntima.

São apenas três fatos recentes, ligados a três crenças ou grupos religiosos distintos, mas que mostram o que elas têm em comum: se constituírem um poder supremo, acima da lei, em nome de um ente que só existe em estado de subjetividade.

Precisamos livrar os seres humanos de padres, papas, pastores e outros que se arvoram ao direito de executar as leis de um deus que ninguém nunca viu. Para que um dia, livres das correntes das religiões eles possam encontrar um Deus, que seja só bondade e compaixão.

Que Deus nos livre das religiões. 

16 de maio de 2014

ME INCLUA FORA





Agora é oficial. Não sou mais flamenguista.

Eu adoro futebol (vôlei, basquete, tênis, curling) e vou continuar assistindo boas partidas.
Ser flamenguista é uma doença da qual quero me curar. E isso é uma sugestão que dou aos botafoguenses, atleticanos, vascaínos ou o que quer que você seja.

O “ismo” é um transtorno psicossocial que produz comportamentos indesejáveis.
Transforma o prazer e a alegria do esporte em ódio ao adversário. Pelas cores do clube nos tornamos inimigos mortais, fanáticos, imbecis, fundamentalistas. Nos descabelamos e sofremos por causa de um bando de espertos – dirigentes, empresários, jogadores - que transformaram o jogo em negócio.
Você acha que algum jogador ou empresário está preocupado com a sua alegria ou a qualidade do espetáculo?
Como quase tudo no mundo de hoje, é só dinheiro sendo movimentado numa embalagem qualquer. E nós somos a audiência que eles precisam e o ingresso que faz a máquina funcionar.

Do mesmo jeito não vou torcer pelo Brasil na Copa. Vou torcer pelo bom futebol e não acho que hoje ele seja praticado pelos brasileiros.
Orgulho de ser brasileiro? Que porra é essa? Não tenho orgulho sequer de ser humano!

E mais, quero que a empresa privada e os governos que (des)organizaram essa bagunça que chamam de “A Copa das Copas” se fodam. Sequer conseguiram cumprir os mínimos compromissos contratados. É uma vergonha!
E não podemos mais uma vez tirar a lição de que no fim das contas deu tudo certo porque fomos campeões. Não podemos continuar a ser esse país bagunçado, improvisado, irresponsável. Temos que crescer e que seja com a dor da derrota.

Saudade do Zico e da geral do Maracanã. Saudade da camisa sem logomarcas. Saudade do mundo quando havia paixão.