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6 de julho de 2015

QUESTÃO DE GÊNERO


Grupos religiosos tentam impor à sociedade um conceito de família e de gênero baseado em suas crenças. Para eles, tal definição está sustentada pelos textos sagrados da Bíblia, que expressam a vontade de Deus.
Eu me pergunto, será que eles conhecem de fato o que a Bíblia diz sobre relacionamentos, família e principalmente, sobre a condição da mulher?
Senão, vejamos.
Deus não criou o homem e a mulher. Criou o homem e só depois percebeu que ele não tinha uma "adjutora". Foi então que pegou uma costela e dela fez a mulher. (Gn 2:20-22)Grupos religiosos tentam impor à sociedade um conceito de família e de gênero baseado em suas crenças. Para eles, tal definição está sustentada pelos textos sagrados da Bíblia, que expressam a vontade de Deus.
Eu me pergunto, será que eles conhecem de fato o que a Bíblia diz sobre relacionamentos, família e principalmente, sobre a condição da mulher?
Senão, vejamos.
Deus não criou o homem e a mulher. Criou o homem e só depois percebeu que ele não tinha uma "adjutora". Foi então que pegou uma costela e dela fez a mulher. (Gn 2:20-22)
A mulher não é, do Gênesis ao Apocalipse (e são inúmeros os exemplos), um ser humano em condição de igualdade com o homem. Ela é propriedade dele. (Ex 20:17)
E para piorar sua condição, ela vai carregar a culpa e receber o castigo: "Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará”. (Gn 3:16)
As mulheres são sempre "impuras" (Lv 12:1-5), ainda mais se derem à luz uma menina. Puros são apenas aqueles "que não se contaminaram com mulheres", (Ap 14:3-4) e só esses estarão ao lado do "Cordeiro".
Os homens, especialmente os primogênitos, são os queridinhos do Senhor. Entre os benefícios de ser homem, está o de ter mais de uma esposa e algumas concubinas. Desde Lameque (Gn 4:19), passando por Abraão (Gn 25:1-6) e Jacó (Gn 29:18-30), o que constatamos é que as "famílias" dos patriarcas do cristianismo são bem variadas, o que inclui até mesmo casos incestuosos (Gn 20:12).
São modelos que pertencem a um outro tempo e outra cultura. Então, por que são reclamados como padrões para a sociedade brasileira contemporânea?
A Bíblia tem lindas mensagens, mas também uma coleção imensa de absurdos e contradições. Especialmente quando trata dessa pauta de gêneros, famílias e relacionamentos. O que é compreensível quando se lembra quando e por quem foi escrita.
O Estado Laico não tem fé. Não tem religião. Não tem crença, senão no respeito pela possibilidade de que todos possam escolher como constituir sua família e exercer seu afeto, tendo como único limite o bem comum.

A mulher não é, do Gênesis ao Apocalipse (e são inúmeros os exemplos), um ser humano em condição de igualdade com o homem. Ela é propriedade dele. (Ex 20:17)
E para piorar sua condição, ela vai carregar a culpa e receber o castigo: "Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará”. (Gn 3:16)
As mulheres são sempre "impuras" (Lv 12:1-5), ainda mais se derem à luz uma menina. Puros são apenas aqueles "que não se contaminaram com mulheres", (Ap 14:3-4) e só esses estarão ao lado do "Cordeiro".
Os homens, especialmente os primogênitos, são os queridinhos do Senhor. Entre os benefícios de ser homem, está o de ter mais de uma esposa e algumas concubinas. Desde Lameque (Gn 4:19), passando por Abraão (Gn 25:1-6) e Jacó (Gn 29:18-30), o que constatamos é que as "famílias" dos patriarcas do cristianismo são bem variadas, o que inclui até mesmo casos incestuosos (Gn 20:12).
São modelos que pertencem a um outro tempo e outra cultura. Então, por que são reclamados como padrões para a sociedade brasileira contemporânea?
A Bíblia tem lindas mensagens, mas também uma coleção imensa de absurdos e contradições. Especialmente quando trata dessa pauta de gêneros, famílias e relacionamentos. O que é compreensível quando se lembra quando e por quem foi escrita.
O Estado Laico não tem fé. Não tem religião. Não tem crença, senão no respeito pela possibilidade de que todos possam escolher como constituir sua família e exercer seu afeto, tendo como único limite o bem comum.
(Obs - na foto, Abraão e Sara, sua esposa e meio-irmã)