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18 de fevereiro de 2009

VOU DE TAXI



Peguei um táxi na esquina da Independência com a Rio Branco. Cheio de compras, hora do rush, tive que aceitar um Fiat Uno.

"Para o Bandeirantes", eu disse por duas vezes, porque o motorista não entendeu.

Em seguida ele começou um discurso sobre como Deus nos dá tudo que precisamos na hora certa. Naquela linha do acaso não existe, ele parou no sinal, pegou um passageiro e eu peguei um táxi vazio.

Eu pensei comigo se Deus não podia ter dado a ele um carro melhor que um Fiat Uno. Ou será que foi esse que ele escolheu?

O cara parecia um mestre em Cosmologia ou Teologia aplicada ao trânsito. De vez em quando eu tentava enfiar umas idéias, mas sentia que ele não me dava espaço.

Até que percebi um detalhe dramático, não fosse cômico: ele era surdo da orelha direita, justo a do passageiro. Por isso não entendeu quando disse o destino da corrida.

Não é motivo de impedimento para o exercício da profissão a surdez parcial, mas ele podia ter pedido a Deus - pelo menos - que fosse no outro ouvido.


LIES JF & TRUES JF

Na foto, Arnaldo Batista se esbaldando no Parangolé Valvulado

Gostei da entrevista do Custódio à Tribuna de hoje tratando do Carnaval de Juiz de Fora. O modelo atual não passa de uma caricatura da festa carioca sem atingir os mesmos resultados, culturais ou financeiros.

Já houve tempo em que o Carnaval de Juiz de Fora era dos Corsos, dos Clubes, os anos dourados das Escolas de Samba, depois dos Blocos e das Bandas.
O Carnaval de hoje - no formato apresentado - não consegue mobilizar a cidade. E a questão não é voltar para a Rio Branco ou construir um sambódromo. É discutir que modelo de festa a cidade deseja e sustenta.

A prefeitura gasta 1,5 milhão para realizar um evento que é assistido por 10 mil. O custo benefício com o dinheiro público é muito alto.

A Festa de Momo e o Tupi FC são hoje dois pacientes na UTI que respiram através de aparelhos. Ambos os casos revelam uma realidade amarga, de uma cidade que vai perdendo sua alma, seu patrimônio mais importante.


AVALIAÇÃO DA CAMPANHA

Encerramos a Campanha de Popularização com perdas e ganhos.
Perdemos público, de 15 mil para 7,5 mil. Um conjunto de fatores que têm como pano de fundo uma desvalorização do produto local, que em parte é verdadeira e em outra é preconceito.
Caro é aquilo que não vale o que custa.
E a principal meta da APAC para este ano é produzir um evento com espetáculos que valham mais do que cobra.

Ganhamos em debate e no fortalecimento do espírito associativo.
Ou caminhamos juntos ou não vamos a lugar nenhum.


VEM AÍ O CLUBE DA COMÉDIA

O TQ segue na comemoração dos seus 30 anos.

Boa parte dessa carreira aconteceu nos bares da cidade (Berttu's, Balcão, Santorini, Pizza Nostra, Marrakesh, Mr Doo, 14 Beer etc).

Para marcar essa fase estava programando a estréia de um novo show de bar para março: o "TQ.com.édia", quando foi surpreendido com um convite para ocupar um dos mais incríveis espaços da cidade, o Multiplace (antigo Vila e German).

Nasceu aí o projeto CLUBE DA COMÉDIA que já está agregando as principais forças do humor local: Putz, Gustavo Mendes, o Impro, Rafael Titonelli, Cláudio Ramos, etc.

O Clube terá um dia fixo (as sextas), ambiente de bar, buffet do Palácio das Festas e grandes atrações (daqui e de fora).

Vai ferver!