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31 de janeiro de 2009

VAI VENDO AÍ


Só pras pessoas terem idéia do que a gente tem que aturar, transcrevo um comentário que recebi por email, sem identificar o autor:

"Poxa Gueminho, não acho nada legal generalizar muito menos satirizar a "incompetência" de alguns na Guarda municipal. Esta é a pior forma de mudar um sistema desorganizado. Humilhar a profissão de alguém não é legal cara... Tente mudar de outra forma, não com uma pecinha barata como esta. Você é político e com um pouco mais de sabedoria consegue qualificar melhor quem está aí para protegê-lo... não faça isso... Á (sic!) meu ver, esta é uma atitude extremamente ignorante para um cara nobre com você!"

Abraço
(e ainda me manda um abraço)

A minha resposta - que não foi a que gostaria - também aí:

1. Bom, gostaria de chamá-lo de amigo, mas amigo meu não chama meu trabalho de "pecinha barata". Pedindo respeito você comete uma grande falta dele.

2. A sátira é uma forma de crítica tão antiga quanto o teatro. Através dela a sociedade pode encontrar um caminho de transformação sem drama, rindo de si mesma.

3. Ignorância é não saber do que se está falando. Pelo seu comentário, você não viu a "pecinha". Se tivesse visto, saberia que no meu espetáculo a Guarda Municipal comete a heróica atitude de prender um prefeito corrupto.

Ela foi escrita e montada 6 meses antes do prefeito corrupto ser preso. Talvez, se você tivesse assistido naquele tempo, diria que "não achava legal satirizar a 'incompetência' do Bejani".

No próximo domingo, estaremos fazendo o que sabemos e gostamos: comédia.
Acho que você está precisando um pouco desse remédio. Venha se divertir.

Gueminho

30 de janeiro de 2009

O TQ E A CENSURA

DOMINGO TEM TROPA DE ELITE DA GUARDA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
Novos uniformes, novas cenas. Imperdível!
Levante essa bunda gorda e vá agora mesmo ao trailer da APAC comprar seu ingresso!
Só R$ 7,00.
O show é dia 01, domingo, 19h no Theatro Central.




O TQ foi criado em 1979 quando o país ainda era (des)governado por uma ditadura militar.

Naquela época, um grupo teatral para apresentar um espetáculo, precisava submeter o texto à apreciação dos censores e fazer um ensaio geral prévio. (Mais ou menos o que a Academia faz hoje). O texto vinha cortado (às vezes literalmente) e o agente da Polícia Federal dizia o que podia ou não ser mostrado ao público.

Em 1980 tivemos que comparecer à Justiça Militar para responder sobre o conteúdo do jornal "Unibairros". Graças ao socorro dos nossos advogados - Dr José de Castro e Dra Aidê - saímos bem.

Hoje em dia a censura ficou esperta. Ela não se assume e nem mostra a cara. Covardemente não faz, manda fazer.

Recentemente, o programa Os Invasores foi retirado do ar depois de recebermos dois recados vindos do gabinete.

O programa da TV, Paraybuna Connection, saiu do ar na TV Visão por pressão de um grupo de empresários que não gostava das nossas opiniões sobre a Mata do Krambeck.

Migramos para a TVE e fomos novamente convidados a encerrar o programa, dessa vez, depois de uma entrevista com o jornalista Laerte Braga sobre o esquema milionário do lixão de Dias Tavares.

Deve ter uns quatro anos que a TV Panorama não dá - nem em nota - notícia alguma do grupo. Não por falta de assunto, mas por veto da direção.

Montamos o espetáculo "Tropa de Elite da Guarda Municipal" e as pressões foram muitas: recados, avisos, apreensão de material (ainda no governo Bejani). Acabaram todos os tipos de apoio oficial para o grupo.

Na Juiz de Fora de hoje - fiel à tradição de ter sido a cidade onde o Golpe Militar de 64 foi arquitetado - qualquer praça acha que pode "apreender" um banner de teatro.

Até hoje não tenho notícias oficiais de punições ou conseqüências.

Nossa "arma" é o bom humor, que só incomoda aos que querem fazer do mundo um vale de choro e ranger de dentes. Nossa resposta será sempre dada nos palcos. Perdemos programas, patrocínios e banners, mas não perdemos a piada.


LDL 233



Estou muito orgulhoso por ter feito minha primeira lasanha de berinjela. Tudo por causa do meu colesterol. Nigelamente, compartilho a receita com meus queridos leitores:

MOLHO DE TOMATE
Tire a pele e o caroço dos tomates (parta, retire as sementes com uma colher e dê uma rápida fervura na polpa. Em seguida coloque em água fria. A casca solta toda.). Bata com cenoura e cebola. Cozinhe com seus condimentos favoritos. Reserve.
BERINJELA
Parta a berinjela em fatias finas. Unte com azeite e sal. Pegue uma frigideira de teflon (sem óleo) e dê uma queimadinha nas fatias de berinjela. Isso mesmo, queime! Essa queimadinha é que vai fazer a diferença!.
MONTAGEM
Monte as camadas com molho, berinjela e queijo branco. No final, parmesão e forno (sem laminado). Uns 20 minutos. Sirva com arroz integral e vinho tinto.

É pra comer ajoelhado e chorando!

Em tempo - Esse detalhe de queimar a berinjela quem me ensinou foi a amiga Vivian.


ALHOS E BUGALHOS



A constituição garante o direito ao palpite. Porém entendo que apenas uma pesquisa de opinião pode identificar objetivamente motivos e causas. Assim mesmo, com margem de erro.

Na Campanha de Popularização, o preço do ingresso tem sido alvo de comentários. Há quem considere que R$ 7,00 não é um valor "popular". Há ainda gente que vai ao trailer, pega o ingresso e sai. Alertada que não pagou, questiona: "Mas é teatro de Juiz de Fora! Tem que pagar?"

Ao questionar o preço do ingresso é importante que se saiba que aqui em Juiz de Fora temos alguns dos teatros mais caros do Brasil.

O aluguel do Central custa R$ 2.400,00 por dia! A Pró-Música e o Solar cobram R$ 600,00. Nestes, o produtor tem ainda despesas adicionais com luz, som e pessoal. Para se comparar, teatros considerados caros de Belo Horizonte custam R$ 400,00 e têm todos os equipamentos. O Grande Teatro do Palácio das Artes (o grifo é proposital), no período da Campanha de BH cobra dos grupos 10% da bilheteria, o que permite que artistas e público possam ir àquela casa.

Enquanto o Carnaval de Juiz de Fora recebe R$ 1.400.000,00 da Prefeitura, a Campanha de Popularização receberá R$ 7.000,00 (0,5%) da Funalfa.

O show que se vê no palco, para acontecer, teve as seguintes despesas: aluguel do teatro, direitos autorais, luz, som, técnicos, divulgação, figurinos e cenários. O que sobra (kkkkkkkk) é dividido entre diretores, produtores e elenco.

Na verdade, quem financia a Popularização aqui são os grupos de teatro e de dança que, na maioria, estão tendo prejuízos para oferecer cultura ao povo.


Há também quem discuta a qualidade de alguns espetáculos, e eu rebato com uma pergunta curta e grossa: essa cidade é melhor do que o teatro que ela tem?

28 de janeiro de 2009

IMPRESSIONANTE



Acidentalmente, descobri uma coisa que um dia pode salvar sua vida: o calendário de janeiro é idêntico ao de outubro, excetuando os anos bissextos. Isso quer dizer que, se hoje, 28 de janeiro é uma quarta, dia 28 de outubro também será uma quarta.
É ou não é incrível?
Vai dizer que já sabia? Ah, não fode!!


LÁ COMO CÁ, UM TIRO NO PÉ

O fato aconteceu em novembro do ano passado, mas só hoje - por acaso - catei esse vídeo abaixo. Plaxico Burress, jogador do NY Giants, se feriu numa boate "disparando um tiro em sua própria perna".
No vídeo ele faz uma campanha para aconselhar sobre os riscos de portar uma arma. Não tem legendas mas as imagens são simples.




VIVA!
Recebemos diversas manifestações de apoio. Abaixo, publico email da ONG Viva JF.

"Quando a ditadura militar se escancarou oficialmente no Brasil, o mineiro Pedro Aleixo, escolhido para ser o vice-presidente do general Costa e Silva, apreensivo com o desenrolar dos acontecimentos, ouviu de outro general o compromisso (falso, se veria, depois) de respeito aos direitos elementares dos cidadãos.
- Pode ser - admitiu Pedro Aleixo - mas o meu receio maior é com o guarda da esquina!
Este episódio da apreensão do banner no interior do Cine-Theatro Central, por iniciativa de dois guardas municipais, e agora, o recolhimento de outros, no Parque Halfeld, anunciando a peça "TQ - Tropa de Elite da Guarda Municipal de Juiz de Fora", remete àquele.
Ambos contém bastante semelhanças. Foram os superiores dos guardinhas quem os ordenaram a cometer a estupidez?
É possível que não. Mas que eles, de alguma forma, o inspiraram, não resta dúvida!

A ONG Viva JF deplora o fato e se solidariza com o TQ.

Ivanir Yazbeck
Diretor presidente
"



ATÉ VINNICIUS DE MORAES

Do céu, o Poetinha publicou uma nota pândega - não fosse patética.
Vale à pena conferir em:
http://www.vinniciusmoraes.blogspot.com/


DEU HOJE NA TRIBUNA

"Subcomandante da Guarda Municipal toma posse

Os trabalhos operacionais da Guarda Municipal de Juiz de Fora passam, a partir de agora, a ser coordenados pelo policial militar reformado José Mendes da Silva. Ele foi empossado subcomandante da corporação ontem. No novo cargo, José Mendes tem como objetivo colocar “os guardas em locais visíveis, fazendo a segurança do patrimônio público e apoiando todas as autoridades no que for pertinente, de forma a garantir tranqüilidade à comunidade”.

E eu pergunto: QUEM VAI TOMAR CONTA DOS LOCAIS INVISÍVEIS??!!!

27 de janeiro de 2009

TQ MATA A COBRA E MOSTRA NO PALCO




Pode ser coincidência, mas no dia em que a Tribuna publicou matéria sobre a história do banner do TQ, a fiscalização deu uma limpa no Parque Halfeld e tirou todos os banners de teatro que estavam junto ao trailer.
Vou ser justo e dizer que não tínhamos licença pra ocupar o espaço público. Mas muitos outros ocupantes também não têm. E só os banners de teatro foram retirados.

A Campanha de Popularização completa oito anos, sempre ocupou aquele espaço e nunca foi incomodada. Estamos prestando um importante serviço à cidade e as dificuldades para promover o evento são grandes.
Se a Prefeitura não tem dinheiro para apoiar nosso evento (o que receberemos é algo em torno de 0,5% do que será destinado ao Carnaval, p. ex.), não custaria permitir esse "apoio logístico".

A nossa resposta será dada no palco, com o bom humor que é a nossa ferramenta.


CENTRAL DE BOATOS INFORMA
Comentários sem fundamento confirmado, ouvidos na rua:

. A captura do banner não foi a ação isolada de um peão descontrolado, mas a ordem de um supervisor.
. O assunto linha de comando, limites e áreas de ação, etc, está na pauta da pasta.
. Custódio ficou puto com a história.
. Ouvi dizer que rolou uma cabeça de comando.

A discussão do "episódio banner" está tomando outros rumos e pelo que eu tenho lido e ouvido há um importante debate a ser promovido sobre a Guarda Municipal.

Pra mim a questão pega no seguinte ponto: Essa é a melhor maneira de investir recursos financeiros e humanos para atingir os objetivos desejados? A velha relação custo/benefício.

25 de janeiro de 2009

RETA-GUARDA



A minha opinião sobre a Guarda Municipal data de muito antes da sua criação. Quando fazíamos o Paraybuna Connection ainda na TV Visão, recebemos a visita do TenCel. Ciro para discutir o assunto.

Desde lá a minha dúvida é a mesma: por que criar uma Guarda Municipal? Não é melhor investir os recursos no reforço da Polícia Militar? A PM tem uma academia, treinamento, história e principalmente, uma estrutura de comando, uma hierarquia. E ainda assim comete muitos desvios.

Eu sempre achei 'bejanice' essa história. Ele tinha esse delírio de imperador, de ter as suas próprias forças armadas, a sua Secretaria de Segurança.

Pois bem, no tempo em que se perdeu a noção, criou-se a Guarda Municipal.

Quase dois meses depois de iniciar suas atividades na rua (exatos 48 dias), a Tribuna publica matéria que oferece um levantamento da atuação da corporação neste período.

Os números falam melhor que qualquer opinião: desde o início de sua atuação, em 6 de dezembro, foram registradas 45 ocorrências classificadas como representativas. Em média foi 0,93 ocorrência por dia de atividade para um grupo de 150 funcionários. Menos de uma ocorrência por dia!

Entre estas estão coisas como: desmembramento de rixa (1), busca de localização de objetos (3), finalização de atrito verbal (1), impedimento de perturbação no trabalho (1) entre outros.

Repetindo, 150 pessoas cuidaram de (menos de) uma ocorrência por dia. Considerando que aquela ocorrência foi atendida por um, dois ou três Guardas, cerca de 147 não tiveram o que fazer naquele dia.

E as perguntas ficam pulando atrás da minha orelha: Como se justifica essa despesa? Precisamos de uma Guarda Municipal? Um convênio com a PM não ficaria mais barato? O município não poderia realocar esse pessoal em outros serviços mais carentes?

24 de janeiro de 2009

COMO DEVE SER

Acabo de receber um telefonema do Secretário de Administração, Chefe da Guarda Municipal e meu amigo Vitor Valverde, apresentando - também em nome do Prefeito - suas desculpas pelo incidente.
Agradeceu a denuncia, garantindo que serão tomadas medidas rigorosas para apurar o fato.
É assim que se faz num Estado de Direito, onde existe, além das leis, bom senso e gentileza.

COMO NOS (MAUS) TEMPOS DA DITADURA



Funcionários da Guarda Municipal invadem prédio federal e seqüestram banner do TQ.

Numa operação que não pode ser classificada como espetacular, porque é lamentável, funcionários da Guarda Municipal pilotando duas motos da corporação, foram ao Theatro Central e - arbitrariamente - apreenderam o banner do TQ que anuncia o espetáculo "Tropa de Elite da Guarda Municipal".

Sem atender aos apelos da segurança do teatro - que tentava demovê-los da atitude irresponsável - os Guardas concluíram o assalto sem apresentar nenhum documento que apoiasse a ação, recusando inclusive a se identificar.

O segurança registrou um BO (nº 8653) junto à Polícia Militar e informou à autoridade federal que logo em seguida compareceu ao local.

Essa atitude insensata, que denota falta de preparo de agentes de segurança, era típica dos períodos negros da ditadura. Só que naqueles tempos os algozes usavam capuzes e pilotavam veículos de chapa fria.

De uma vez foram cometidos vários absurdos:
. A censura ao direito da livre expressão artística;
. O tolhimento à informação;
. O seqüestro de propriedade alheia sem a devida autorização judicial;
. A invasão de um prédio federal por uma "autoridade" municipal;
. O abuso da "autoridade" que foi imputada ao funcionário.

Quando Bejani teve a idéia de criar a Guarda Municipal, alguns setores da sociedade questionaram a utilidade e a conveniência do propósito. O espetáculo teatral serve para provocar a reflexão e o senso crítico. Quem viu a peça sabe que - longe de denegrir e humilhar - quem toma a atitude heróica de prender o prefeito corrupto é a própria Guarda Municipal, contrariando o "patrão" e protegendo a cidade.

Custódio herdou a Guarda. Acho que ele deve rever o treinamento e o preparo que colocou nas ruas uma centena de agentes de "segurança".
E ainda havia quem defendesse a idéia (de jerico) de armá-los! Talvez além de um banner capturado alguém tivesse levado um tiro.

Estamos consultando nossos advogados e aguardando manifestação da Autoridade Municipal para saber se o fato foi uma atitude isolada de destempero ou se é a posição oficial do governo.

23 de janeiro de 2009

AS MELHORES DAS MELHORES



O TQ vai fazer dois shows imperdíveis na Campanha. Nos dias 14 e 15 de fevereiro (sábado e domingo).

AS PREFERIDAS DO PÚBLICO

No sábado é a vez das favoritas da audiência. O público vota entre as dez abaixo:
. O Trailer Man (performance de Kadu)
. Pisei no Pinico (cena da Telemar)
. Mineiros on The Beach (cena da praia)
. O Celular (uma família que não consegue se comunicar pq todo mundo tá falando ao celular)
. Seu Uoxinton, o Minerês
. Show dU Milhão
. Bang Bang (cena de faroeste em inglês)
. Papo de Mulherzinha (três homens conversando como mulheres)
. Ludgero e Lidiane (musical)
. Nights Fever (homens e mulheres numa boate à procura de emoção).

As mais votadas serão apresentadas dia 14, 19 horas na Pró-Música.


AS PREFERIDAS DO GRUPO



Fechamos um roteiro de luxo para o show "AS MELHORES CENAS DO TQ", pro dia 15, às 18h no Pró-Música.
Fizemos uma votação com o elenco para escolher as melhores entre 100 do repertório - excluindo as cenas de Mineiros on the Beach (que serão apresentadas no sábado 14 às 21h) e chegamos ao seguinte resultado:

. Os Irmãos Brothers (um inusitado concerto de piano);
. Gilda, um ensaio de teatro (uma novata que enlouquece o diretor JJ e seu assistente Clift);
. Papo de Mulerzinha (cérebros de mulher em corpos de homens);
. João Paulo no Shopping (a complicada convivência de filhos com pais divorciados);
. O Julgamento de Samantha (uma cena de tribunal julgando um caso de assédio sexual).

Um show de luxo, dia 15 às 18 horas na Pró-Música. Filé mignon!

17 de janeiro de 2009

TELHADO DE VIDRO



A situação é muito chata.

Um tempo atrás eu comecei a receber umas mensagens pedindo pra votar na Josy pra ela ir pro BBB. Eu achei que era vírus e não dei confiança.
Nunca pensei em votar nela porque não desejava tal sorte pruma moça tão bonita.

Conheci a Josy quando ela namorava o Marcelão da Brasil Center e estava começando a carreira. A beleza dela é irritante. A gente classifica mulher assim no grupo das "aleijadas".

Os rumores foram aumentando e me dei conta que era verdade.

A idéia que eu tenho do BBB é que ali eles reúnem o mais medíocre da espécie humana (e não é isso que acho dela) com o simples objetivo de encher os cofres da emissora e das operadoras de telefonia. E milhões de pessoas compram o programa pela simples falta de perspectiva cultural.

Acho uma ilusão pensar que o programa pode alavancar a carreira de alguém. Da centena de criaturas que passou por ali, apenas dois ou três conseguiram manter a exposição. E não considero que nenhum alavancou carreira, porque só conseguiram figurações no mundo artístico (vide BamBam, Alemão e Sabrina). A única que conseguiu alguma coisa mais consistente foi a Grazi Massafera - o que configura a exceção à regra.

E Josy foi e agora chama Josiane. Para azar dela acabou na casa de vidro de um shopping, podendo ser eliminada na primeira semana.

Sinceramente, gosto da Josy, acho ela uma pessoa doce e simpática, mas não vejo com bons olhos essa opção na carreira. Acho uma faca com quinze gumes.
Talvez ela esteja querendo investir mais na trilha de modelo.

Sei lá...
Torço por ela, mas não torço por este programa babaca.

16 de janeiro de 2009

LIXO E OUTROS RESÍDUOS


Para mim existe uma máxima na administração da coisa pública: não se faz obras para governos sem uma taxa de corrupção.
É aí que o dinheiro circula sem precisar falar em roubo.

A edição da Tribuna de hoje traz uma matéria que destaca a pressa da administração em ativar o novo aterro sanitário, que agora terá o eufêmico apelido de CTR (Central de Tratamento de Resíduos). Até onde sei o Aterro do Salvaterra tem licença até 2019.

Esse contrato com a Vital Engenharia (braço da Queiroz Galvão) foi alvo de audiência pública e ações na justiça. Trata-se de um convênio de cerca de 250 milhões para a exploração do serviço e está sendo tramado desde a administração passada.

Ouvi uma história muito estranha que uns dias antes da licitação a Queiroz Galvão comprou a área em Dias Tavares que logo em seguida seria definida como destinada ao CTR. A empresa venceu a concorrência e vendeu a o terreno à Prefeitura para a instalação do projeto.

O professor Cesar Barra da UFJF já se pronunciou sobre o assunto e disse que o próprio Custódio tem acesso a estudos que indicam uma outra área mais apropriada.

Eu acho que todos os contratos da administração Bejani já deveriam ter sido alvo de perícia. Dizer que o Tribunal de Contas liberou é bobagem, porque sabemos que a quadrilha tinha (e tem) tentáculos nos diversos níveis de poder.

Por que tanta afobação?

Esse contrato - como o lixo que dele trata - cheira muito mal.


CORTINAS

Já está no ar o site da APAC, que é o espaço virtual do teatro de (e em) Juiz de Fora.
Em www.apacjf.com


VIVA O TEATRO!



Cresce a campanha para terminar o Paschoal.
A Funalfa deve constituir um grupo de trabalho que vai buscar o projeto.
A Câmara já está sinalizando seu interesse pelo assunto e o Deputado Júlio Delgado (que teve decisiva participação no salvamento da Mata do Krambeck) já manifestou a possibilidade de apresentar emenda para destinar os recursos necessários à obra.

Agora vai!


PRÊMIO PRO CORINGA

Heath Ledger (o Coringa do "Cavaleiro das Trevas") já faturou o primeiro prêmio póstumo. Levou o Globo de Ouro como melhor ator e foi aplaudido de pé por toda a seleta audiência.
É um indicativo para o Oscar.


CHAMA A POLÍCIA



Na última quarta algumas pessoas presenciaram uma cena inusitada no Parque Halfeld. Um elemento armado de uma machadinha partiu pra cima de dois "oficiais" da Guarda Municipal, que - ao invés de detê-lo - correram chamando a polícia.

Custódio recebeu uma herança complicada e não só as dívidas. Bejani fez contratos suspeitos e criou coisas discutíveis como a Guarda Municipal. Quem vê os praças circulando pelo centro se pergunta: tem serviço pra essa gente?

Alguns já começam a sugerir que eles devam fazer serviços de banco e coisas assim. Mas essa era a Guarda Mirim!?

No dia seguinte outra cena que mostra certa falta de serviço para certo excesso de contingente policial. No mesmo Parque Halfeld uma espetacular entrada de sete (eu disse SETE!!!) viaturas com sirenes ligadas. Eram tantas que gerou um engarrafamento no interior da praça (foto).

Algum perigoso terrorista? Um chefe do tráfico em fuga? Assalto a banco? Atentado à vida de um juiz?
Nada disso. Deram uma geral em alguns desocupados e foram embora.

12 de janeiro de 2009

É CORRECTO?



De vez em quando dá vontade de matar alguém, mas sem violência. É um sentimento catártico que passa logo.

Hoje, por exemplo, recebi um manual para entender as novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que foi aprovado em 95, mas começa a entrar em vigor este ano.

Me deu vontade de matar as pessoas que inventaram essa moda e os que a aprovaram. Acho que botaram Absinto no chazinho dos velhinhos da Academia Brasileira de Letras. Se falta serviço, por que não botam os imortais pra corrigir provas do vestibular ou das escolas públicas?

Agora eu entendo porque menstruação tem apelido de regra. Vamos a elas.

Só para regulamentar o uso do hífen (que não sei se vira hifen, ou hifem, ou ifem) existem 12 regras e suas exceções - e essa categoria é que complica.

Fiquei sabendo que não se usa mais o acento nos ditongos abertos éi e ói e nem no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo, mas só nas paroxítonas. Ah tá!

Prá quê isso?

A explicação é que se trata de "um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que tenham o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste".

Muito bom!

Eles querem então que a gente escreva do mesmo jeito, desrespeitando as características próprias de cada cultura? Entendi.

Pelo que pude me informar Portugal não definiu um prazo para aplicação das regras e sequer tem uma decisão clara se irá aceitá-las. Eles acham que essa marmota só serve a interesses econômicos brasileiros.

Não é mais fácil reconhecer as diferenças? Não falamos a mesma língua. Temos uma raiz comum e criamos variações.

Ou alguém consegue entender o que falam aqueles lusitanos?

7 de janeiro de 2009

O SEGUNDO É O PRIMEIRO



Comunico aos leitores deste blog que o texto "O Camarim" (de minha autoria) foi premiado em segundo lugar no 3º Grande Prêmio de Dramaturgia de Minas Gerais.
É o primeiro prêmio que o texto recebe.
Se tudo der certo, o público vai conhecê-lo em novembro, no Theatro Central, dentro das comemorações dos 30 anos do TQ.
O ano começou.

O PRIMEIRO É O SEGUNDO

Quem levou o ouro do Grande Prêmio de Dramaturgia foi o companheiro Tarcísio Dalpra, o Juninho do Putz! com o texto “A cidade do circo dos dias iguais”. É o segundo prêmio que ele recebe. Ano passado ele já tinha faturado o terceiro lugar com "Verdades de Papel".
Na matéria do Leonardo Toledo na Tribuna de hoje, lembramos que na primeira edição da premiação, outro juizforano - o Zé Luiz Ribeiro - papou o segundo lugar.

Pela mesma matéria fiquei sabendo que disputamos este ano com 75 "textos maravilhosos".

Com isso, estamos conseguindo trazer um foco para a cidade, que já tem grandes expressões na literatura e agora se consolida como um centro de dramaturgia.


A CAMPANHA DA CAMPANHA

No próximo dia 12, segunda, às 20 horas a APAC e o SINPARC abrem a 8ª Campanha de Popularização. A solenidade vai acontecer nas obras do Teatro Pascoal Carlos Magno. Na oportunidade a entidade vai manifestar seu propósito de firmar parceria com a Funalfa para encontrar um projeto racional que irá reviver aquela caixa de concreto.


DE BUTÃO EM BUTÃO



Só anteontem consegui assistir ao novo filme do Batmam, o Cavaleiro das Trevas. O nome remete ao clássico da HQ de Frank Miller, mas não é a mesma história. É, de longe, a melhor adaptação para o cinema do sombrio personagem.

O Coringa, criado pelo ator Heath Ledger não rouba dinheiro, rouba o filme. O morcegão vira coadjuvante no seu próprio filme. Ele simplesmente acaba com a carreira do vingador.

Ledger morreu pouco tempo depois das gravações. Exausto física e psicologicamente, o ator começou a tomar comprimidos pra dormir e - segundo a versão oficial - teve uma overdose acidental.
Ele fez os Irmãos Grimm, e também um dos cowboys de "Brokeback Mountain". Comeu um butão do amigo e outro do Batman. E os rumores são fortes de que será indicado ao Oscar. Deve papar mais uns.

4 de janeiro de 2009

PASCHOAL



Fizemos (na foto: Toninho Dutra, Baldutti e eu) uma visita às obras do Paschoal Carlos Magno para avaliar as providências para realizar in loco a abertura da Campanha de Popularização do Teatro.

A sensação que se tem é que falta muito pouco para transformar aquele lugar num teatro viável. Faltou, na verdade, vontade, coragem, interesse e um monte de coisas importantes, aos administradores anteriores.

O evento acontecerá no próximo dia 12, segunda, às 20 horas e todos são convidados.

2008 O ANO QUE ACABOU

Viramos o calendário e abrimos novo ciclo.

Já fiz minhas proposições para o futuro, mas acho bom dedicar umas poucas linhas ao passado. Quando dizemos que queremos um ano melhor, é bom qualificar o anterior.

Numa rápida avaliação, 2008 foi um ano marcante.

A Polícia Federal nos presenteou com uma biópsia do governo Bejani. Ele foi preso duas vezes, renunciou e levou para a galeria de indiciados alguns comparsas. É verdade que muitas perguntas continuam órfãs:
De onde vieram aqueles 1,2 milhão?
Qual o resto do conteúdo dos DVDs?
Quem mais estava envolvido e em que ordem?
Quais nomes estavam na agenda da Astransp?

Na onda de punidade, Vicentão também renunciou e junto a outros governistas foi rejeitado pelas urnas. A maioria deve continuar assombrando.

Conseguimos uma vitória histórica: salvar a Mata do Krambeck. E com essa conquista, outra mais importante: acreditar que bons princípios podem vencer a força do dinheiro.

A sucessão municipal foi uma comédia de erros. Estrelando o elenco, Tarcísio e o PMDB, com um roteiro feito nas coxas. Os figurantes Custódio e Margarida roubaram a cena, um porque se empenhou nos bastidores e a outra porque era estreante. O final todo mundo conhece. Margarida engasgou na última cena e perdeu o texto.

Eu perdi uma eleição pra vereador, perdi duas pra prefeito, ganhei uma pra Presidência da APAC e outra no CONCULT. (Aliás, o CONCULT - Conselho Municipal de Cultura - é a grande conquista da comunidade cultural nos últimos dez anos e paradoxalmente deverá ser creditada ao Bejani.)

E foi assim. Foi bom e foi ruim, como todos os outros.


2008 O ANO QUE NÃO ACABOU


Sueli Reis em foto da outra posse (chupada do site acessa)

Em entrevista ao MGTV no dia da sua posse, o prefeito Custódio Mattos afirmou que não vai fazer uma devassa na administração Bejani. Sugerindo que tem problemas suficientes para se ocupar, definiu que "se surgirem motivos, haverá investigações" (mais ou menos isso).

Motivos? Indícios? Provas? O que falta para que as autoridades municipais se interessem por uma investigação completa do governo anterior?

O ex-prefeito foi preso duas vezes, vários secretários suspeitos, milhões em dinheiro e outros bens confiscados, contratos superfaturados.
A CPI funcionou apenas para dar uma satisfação à opinião pública. Trouxe, na verdade, muito pouco resultado concreto.

Mas a leitura que se deve fazer é outra. Ao que tudo indica o acordo para botar panos quentes foi feito. A ex-Secretária do Governo Bejani (talvez o cargo estrategicamente mais importante) Sueli Reis ocupa agora duas pastas (a Secretaria de Atividades Urbanas e a Agenda JF - que pode ser extinta).

Com a equipe contaminada por gente ligada ao ex-prefeito e ampla maioria na Câmara (incluindo aqueles que - como disse Zé Eduardo - viviam beijando a mão de Bejani) corremos sério risco de perder a oportunidade histórica de limpar nosso passado recente.

Enquanto isso, 'ele' opera um novo empreendimento no Center Car, ironicamente, lavando carros e outros veículos.

1 de janeiro de 2009

NÃO SE PODE ELOGIAR



Eu sempre digo, estréia devia ser proibida ao público.
As coisas não funcionam direito, tá todo mundo esgotado e nervoso. Em geral, o espetáculo está verde e o espectador pode ter uma má impressão.

Mas tem que ter.
"Vizinhança" estreou, a semana toda choveu e o prejuízo foi menor que o esperado.
No saldo, eu diria que temos um belo espetáculo nas mãos. O cenário ficou incrível, os figurinos lindos e colorido, o texto é muito bom, a luz um luxo e o elenco deu conta do recado.
Voltamos ao Central dia 01 de fevereiro, dentro da Campanha.

Depois do show recebi os cumprimentos do - então - prefeito Zé Eduardo. Acho que é a primeira vez que um prefeito em exercício vai a um espetáculo do TQ. Estava pensando em rasgar elogios quando, no dia seguinte recebi a notícia de que o executivo vetou a emenda que garantia recursos para a Campanha de Popularização do Teatro de 2009, depois dela ter sido aprovada na Câmara. E o pior, vetou depois de esgotado o prazo para o Legislativo cassar o veto.

STAND BY




NADA ACABA, NADA COMEÇA

Essa é uma lei importante do universo.

A maneira de contar o tempo em ciclos nos faz acreditar na ilusão de que um ano acaba e outro começa. Parece uma discussão idiota - e talvez seja - mas esse calendário cria a dificuldade de comprimir nossos projetos num período dentro dos doze meses (e não em doze meses).

A bobagem é acreditar que o ano seguinte - só por ter outra numeração - será diferente. Na verdade, a tendência é que ele seja igual, porque os ciclos se repetem.

Se não, veja história que se segue, baseada em fatos reais.

Denise é uma mulher de 37 anos, esposa infeliz, mãe de três filhos chatos, revendedora de uma marca de produtos de beleza, nessa ordem de autodefinição. Na noite de reveillon (de 2007 para 2008) ela estava com a família e uns amigos num salão de festas alugado pelo grupo.

Exausta (trabalhou até às nove), meio amarga (de saco cheio do marido, dos filhos e do trabalho), carente (não fazia sexo há oito meses e amor há onze anos), muito carente (por medo e incompetência, não tinha amante) ela foi direto ao assunto: uma talagada de rum, outra de Martini e alguns copos de cerveja.

O grupo de pagode dava o tom cantando coisas do tipo "você nunca me amou", "eu vou partir pra outra" ou "meu coração está ferido até hoje". Bêbada, ela cantava alto, com o copo na mão e o olhar lânguido para o marido que disfarçava a vergonha do mico.

Foi chegando meia noite, o DJ colocou aquela música da TV Globo - a mesma há séculos - os fogos começaram a cintilar e o espírito etílico controlava o raciocínio - metaforicamente falando - dela. Esse conjunto de estímulos produziu na criatura de 1,60m e 92kg (esqueci de mencionar) uma reação inesperada. Bebida, fogos e música (e mais uma meia dúzia de outros fatores) deram a ela a sensação de ter atingido um grau de iluminação espiritual. Ao invés de trocar abraços e votos ela correu para o canto, pegou caneta e papel e pôs-se a anotar suas resoluções para o novo ano.

"Vou entrar para uma academia, malhar e emagrecer", foi o primeiro. "Vou arrumar outro emprego e fazer uma faculdade". "Vou fazer uma viagem pro nordeste, seja lá onde isso fique". Idéias como "reformar a cozinha", "botar um aparelho nos dentes do João Paulo" ou "ser mais paciente com o Ronaldo" chegavam aos borbotões e eram rechaçadas com violência.

Ele havia empacado na quarta resolução quando o desagradável marido chega sorrateiramente por trás e lhe toma a folha. "Deixa eu ver" (sic!). Ela tenta recuperar o documento, mas é tarde. "Academia, emagrecer, faculdade, viagem pro nordeste... você é egoísta hein? Olha só os meus votos pro ano novo".

Ela pega a lista dele, que parecia a declaração universal dos direitos humanos: "Quero a paz na faixa de Gaze (sic! Ele achava que o nome "Faixa de Gaze" se devia ao fato de haverem muitos feridos); menos fome na África; mais empregos no Brasil; pelo fim da crise" e ia por aí a fora. E não faltou "o aparelho nos dentes do João Paulo".

Ela se sentiu humilhada, envergonhada e decepcionada consigo mesma. Uma das maiores crueldades que um cônjuge faz ao outro é que ele acredite que é pior do que na verdade é.

Mesmo assim, ela dobrou a sua lista e guardou no bolso.

Ia dar início ao seu projeto em janeiro, mas eram férias das crianças. Em fevereiro começavam as aulas e em março ela ganhou uma promoção no trabalho. Em junho ela prometeu que depois das férias de meio de ano era o momento. Em agosto ela estava na fila do caixa do supermercado e ouviu alguém dizer: "Nossa, como esse ano passou rápido. Daqui a pouco é Natal". Ela sentiu um frio na espinha e percebeu que não havia mais tempo.

Respirou fundo e garantiu que no ano seguinte ela mudaria sua vida.

Moral da história: não deixe para ser feliz amanhã.

ps - João Paulo ganhou um aparelho para os dentes.


PURO CHANEL



Entre as boas velharias que ando vendo está o incrível "Bonequinha de Luxo" ("Breakfast at Tiffany's", de 1961), dirigido por Blake Edwards e com roteiro baseado em livro de Truman Capote.
O diretor fez outras boas coisas, como "A Pantera Cor de Rosa" (com Peter Sellers, claro) e um filme que eu gosto que chama "O Homem que Amava as Mulheres", com o canastrão Burt Reynolds.

É um filme de um tempo onde havia elegância.