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30 de outubro de 2013

PROCUREI

Caros Gil, Caetano, Roberto e os outros.

Estou procurando entender o que vocês acham sobre essa questão das biografias não autorizadas. Vocês rejeitam o rótulo de censores mas querem ter controle prévio do que vai ser escrito e publicado. 

Como assim?

Biografia é, antes de tudo, um trabalho jornalístico. Procurem saber, é exatamente isso que se chama “censura prévia”!

Nós sempre nos interessamos pela obra de vocês, sempre compramos ingressos e discos dos seus trabalhos e sempre acompanhamos suas vidas, porque é assim a relação do artista com seu público.
Nunca deve ter incomodado a vocês o quanto essa curiosidade gulosa os fez ricos e famosos. E ela faz parte do pacote de admiração.

Repetindo o que vem sendo dito, a lei já garante proteção contra calúnia e outros tipos de inverdade. Se o problema é o ganho com os direitos, duvido que a venda dos livros vá mudar o saldo de suas contas bancárias.

Da minha parte, tento neutralizar essa mistificação de celebridades. Não me interessa a vida de ninguém porque é famoso. Me interessam boas ideias de onde quer que venham. Gosto de alguma coisa do que vocês fizeram como músicos e não há nada em suas vidas que possa mudar isso, porque gosto da obra. Vocês, nem conheço.


Relaxem nesse assunto e tentem não influenciar tantos nesse movimento retrógrado de controlar a informação.

25 de outubro de 2013

101 BEAGLES


O episódio da “libertação” dos beagles me lembrou aquele clássico da Disney que já em 1961 levantava a questão do uso de animais para atender necessidades humanas. Claro que quando se trata de sacrificar filhotinhos de dálmatas para fazer casacos de pele fica fácil tomar partido e identificar onde está a maldade.

Mas e quando os lindinhos são usados para produzir cosméticos, vacinas e outros fármacos? Aí a plateia se divide, entre os que justificam os meios pelos fins e os que respeitam a vida dos bichinhos.

Nós, humanos, além de inteligentes somos hipócritas – o que só é possível quando se é inteligente. Em primeiro lugar, o que mais fazemos em nossa existência é ceifar vidas. Em segundo lugar, escrevemos num livro que somos superiores às outras espécies e daí deduzimos nosso direito em decidir sobre a vida deles.

Temos que dar comida pra toda essa gente e aí fazemos o que todos no planeta fazem (independente da espécie): matamos. E se pensarmos em como são tratados frangos, porcos e bois, no confinamento e no abate, vamos perder o apetite e o sono. Os que optaram pelos vegetais devem achar que planta não sofre. Melhor pra eles.

Eu vivo bem com isso porque acho que faz parte da natureza: eu como um porco e se der mole ele me come.

Porém, quando tratamos de pesquisas científicas aí a coisa complica. E, por tudo que li e vi, por dois motivos: primeiro, porque não há certeza científica que o teste feito in vitro e noutra espécie possa servir de modelo para humanos in vivo; segundo, porque essa é uma prática que vem perdendo apoio no mundo todo. Testar cosméticos e material de limpeza em animais, por exemplo, é prática condenada num número crescente de países. Na União Europeia a legislação é tão severa que, no começo deste ano, foi proibida até a comercialização de produtos testados em animais, ainda que importados”.

Alguém questionou: “Você deixaria de usar um remédio ou um shampoo se soubesse que ele foi testado em cães?”. Eu abomino a escravidão, mas não vou demolir as pirâmides. A humanidade encontrou tecnologia para construir monumentos e tem que avançar no campo das experiências com animais.

Eu defendo o uso de humanos voluntários remunerados.
Diz a Dra Preci Grohman, estudiosa do assunto, que “pesquisas já são feitas com voluntários, podem ser feitas em criminosos que desejem reduzir suas penas ou ainda em culturas de células humanas. Se forem necessárias outras técnicas, os seres humanos devem ser competentes o suficiente para desenvolvê-las. Um exemplo de desperdício na ciência é o descarte diário de milhares de cordões umbilicais, ricas fontes de células. A manutenção até os dias de hoje de experimentos em animais visa puramente interesses financeiros, e já deveria ter sido abolida há décadas”. (Dra. Preci Grohman)

Quando o Instituto Royal usou beagles, nossa sistema de hipocrisia foi testado ao extremo. Usar ratos, a gente aguenta. Mas beagles, são pets. Aí, vestiram a fantasia da Cruela e nosso imaginário explodiu em ódio e desejo de vingança.
O pessoal do instituto chamou de “terroristas” os ativistas.
A jornalista Alessandra Siedschlag (do site Salvacao) levanta algumas informações que invertem essa titularidade:

“Em 2012 o Instituto Royal recebeu CINCO MILHÕES DE REAIS de dinheiro público sem estar cadastrado no CONCEA. Tinha licença para ser um CANIL. Apenas foi cadastrado no CONCEA no mês passado, mas já fazia experimentações com cães. Enquanto era um canil, o “Instituto Royal” produziu 2,8 toneladas de cadáveres de animais”.


Quem é o terrorista?

22 de outubro de 2013

ALGUMAS COISAS QUE EU APRENDI SOBRE ZUMBIS ASSISTINDO WALKING DEAD



1. Eles estão mortos mas têm muito mais energia que os vivos. São incansáveis. Não há registro de zumbi descansando.

2. São também mais fortes que os vivos. Ou seja, o permanente exercitamento os deixa mais sarados.

3. Eles comem carne, mas não a própria (de zumbi), mesmo que seja um zumbi fresco.

4. Não se conhece um zumbi vegetariano. Essa história de proteínas vegetais alternativas não cola entre eles.

5. O apetite deles é insaciável, acabam de comer um cadáver inteiro e partem pra cima de outro.

6. Eles podem ficar dias sem comer mas não morrem de fome porque já estão mortos.

7. O que levanta a seguinte questão, por que eles precisam comer e têm tanto apetite? Porque ninguém tem um vazio interior maior que eles.

8. O apetite deles não tem nada a ver com o sistema digestivo porque alguns zumbis sem estomago e intestinos continuam com fome.

9. O zumbimento implica numa perda de eixo e equilíbrio. Eles sempre andam inclinados.

10. O zumbi não fala, mas emite sons. Acredito que em umas quatro ou cinco gerações – se eles fossem capazes de reproduzir – desenvolveriam uma linguagem própria.

11. A maneira de identificar uma pessoa que é zumbi é a cor dos olhos: zumbis tem olhos amarelos.

12. E o mais complexo pra explicar: por que o zumbi só re-morre quando leva tiro na cabeça (ou lesão equivalente naquela parte do corpo)? Ora, se ele está morto não tem mais comando cerebral, não é?
Hipótese 1: É na cabeça que fica a “alma do zumbi”, a parte espiritual dele criada por Deus (que se criou tudo, criou também os zumbis).

Hipótese 2: Porque está no roteiro.

16 de outubro de 2013

DIM DOM


Tem gente que acredita que Deus deu um dom a cada pessoa. Observando a espécie fica difícil acreditar. A não ser que feiura e idiotice sejam consideradas dons. Sei lá, nessa área de Deus tudo é mistério.
Talvez fosse mais proveitoso que Deus desse a cada pessoa um superpoder e criasse uma espécie de X-Men.
Eu, por exemplo, tenho um superpoder. Sempre acordo de madrugada e sou capaz de adivinhar exatamente que horas são. Erro às vezes por dois ou três minutos.

Só me falta saber de que maneira poderei ajudar a humanidade com esse superpoder.

15 de outubro de 2013

AO MESTRE COM CARINHO


Dia dos Professores, dia de um sentimento estranho. Como deve ser estranho para o professor ver no que se transformou aquele sonho de carreira, de formar gerações, de preparar cidadãos, de motivar carreiras.

Motivar, essa deveria ser a sua principal função.
Aliás, talvez fosse mais conveniente que a função chamasse "motivador" ao invés de "professor".
Eu penso nesse como um dos principais equívocos ou distorções da relação professor-aluno, baseado no princípio de que "ninguém ensina nada a ninguém". Claro que esse princípio é relativo, mas quer dizer que a principal atitude do aprendizado cabe a quem aprende, na medida em que se dispõe a isso.

Ao professor caberia então, estimular nos alunos o desejo insuportável pelo conhecimento. E só! (Sendo que significa quase tudo). A busca pelo conteúdo partiria do interesse e da necessidade do motivado. Isso faria dos encontros (que hoje chamamos de aulas), momentos de prazer - porque o conhecimento tem que ser recompensa. Sem provas, sem frequência, sem toneladas de conteúdos dispensáveis, sem ansiedade. Ao motivador caberia o trabalho de ser um guia às inumeráveis fontes, livros, sites, etc.

Motivar, essa deveria ser a sua principal função.
Mas, como pode um desmotivado motivar?
Quando olha seu contracheque no fim do mês o professor pensa: "Foi por isso que eu enfrentei tanto sacrifício, tanto desgaste, tanto desrespeito da parte de tantos, tanta dificuldade?" E continua - porque não tem alternativa - a se arrastar de uma sala a outra, entregando no corpo e nos olhos, toda a sua frustração.

Parabéns aos professores, especialmente aos que ainda sonham.