Você me encontra também no Facebook e no Twitter

29 de novembro de 2005

REPÓRTER FORÇADO

Se eu não contar a história nunca vai lembrar.
Por isso, eu faço um relato dos intestinos da 1ª Conferência Estadual de Cultura (ouvindo Novos Baianos, direto dos tempos em que a prática não contradizia a poesia).

A organização errou feio na escolha do lugar – a Assembléia Estadual, um prédio que não foi construído para o exercício democrático do debate. Parece sempre, que só estão cumprindo tabela.

Duas horas de políticos se homenageando e se agradecendo. Vossa excelência tem o respeito da minha excelência, que junto com a excelência do excelentíssimo... como diria o Bonfá: “Totalmente excelente!”
Haja saco que eu não tive pra esperar palestras marcadas pras 22h, mas com duas horas de atraso.



Voltei pra casa pra ver Fawlty Towers e Seinfeld com Maria. O melhor do humor americano e o melhor do clássico inglês. FT é aquele seriado com John Cleese no papel de dono de um hotel. Corre atrás!




Na terça, a missão era eleger os três representantes da Zona da Mata, para a Conferência Nacional.
A melhor piada foi a do café. Na entrada, marcavam com um “x” no crachá, que queria dizer “você já comeu a sua parte”. E cada um podia ficar 6 minutos comendo. Qua qua qua. Olha, lá em Minas a gente não regula comida com as visitas.

Juntamos os delegados das terras proibidas e começamos a definir critérios. Aí vem aquelas conversas que me lembram da coleção de Jazz que o meu genro tem em casa.



Eu adiantei que não queria. Combinamos que eu indicaria o Cesar Piva, mas o Rogério foi mais rápido e botou o nome dele. Tinha um tal de Elder, de Ubá que era o outro nome. E o Augusto, Xerife da Murilo Mendes era o terceiro. Outros corriam por fora, sem muita chance.
Nisso, o Piva chega na minha orelha e pergunta: “Que você acha da gente botar a Mônica Botelho?”. A gente não podia deixar a Mônica passar um vexame de ser recusada. Como bom soldado, concordei e passei a articular a votação. Na roda, percebi que o nome do Augusto tava forte e ia rachar nossa chapa. Fui até o próprio e tive uma demonstração emocionante de confiança: na hora ele foi na roda e retirou sua candidatura.

Fomos pra votação e, acredite, deu : César, Mônica e Elder.
Estamos muito bem representados, sem aventureiros ou carismáticos.
Bola de ouro pro Augusto. O gesto dele fez a diferença.

Foi isso que aconteceu.


Ps -
Umas das coisas estranhas aqui de BH é entrar no ônibus pela porta da frente. Aqui o trocador grita: “um passinho atrás, faz favor”.

E esses vão para os melhores dias da minha vida, que é um livro muito grosso. Cuidando das coisas importantes da vida, entre o mar e o rochedo.



E um beijo de muita saudade pro meu chicletinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário