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5 de setembro de 2007

ANIMAIS E VEGETAIS




A amendoeira não perde a fantasia sem oferecer um espetáculo de tons






SOS KRAMBECK NEWS

Notícias do front:
. A audiência pública na Câmara foi um marco. Mostrou a opinião da cidade e mexeu com as convicções do prefeito e do promotor de meio-ambiente. Ambos puxaram o freio de mão e estão dando meia volta. Suspenderam as licenças do Parque Brasil (conhecido como condomínio de luxo) e propuseram o tombamento da área.

. Enquanto isso, o governador ouviu, lá no Alabama mineiro (conhecido como Belô), a voz dos insatisfeitos e resolveu entrar na briga. Determinou providências ao secretário de meio ambiente (um ambientalista, afinal).

. Por aqui, o reitor mostrando que pode ser magnífico, avança com a proposta do Jardim Botânico, que vai ganhando tons de consenso. Todo mundo acha que um parque estadual não cola e que a prefeitura não tem competência para cuidar de um parque municipal (vide Lajinha e Museu).

. Na última segunda, a informal Comissão SOS Krambeck esteve em BH, reunida com o secretário e trouxe boas novas:
1. o esperado parecer da promotora Shirley mantém a causa no estado e tira do prefeito a oportunidade de botar a mão na bandeira.
2. o estado está disposto a ajudar na preservação da área.

Os Carmelitas (donos da Carmel) já abriram negociação e querem vender.

Nesta quarta deve ser aprovado um calendário de ações que inclui:
. manifestação no calçadão no próximo dia 15, sábado;
. abraço na Mata do Krambeck, no dia 21 (com as escolas) e 22 (população);
. formalização da Comissão SOS Krambeck para coordenar as ações.

Longa vida às capivaras!





O guapuruvu florido promove uma chuva de pétalas amarelas




CENSURA

Entrei na militância no começo dos anos 70. Fazia parte de um grupo de igreja, o MOJAC, que subia o "Buraco do Olavo" todo fim de semana. Para fazermos nossas reuniões, tínhamos que informar à Justiça Militar, quantos, quem e onde.

A ditadura tinha uma ferramenta que chamávamos de censura. Para apresentar um espetáculo era necessário encaminhar duas cópias do texto e marcar um ensaio prévio, evento constrangedor. Depois recebíamos a cópia autorizada, com a faixa etária e os devidos cortes.

Veio a democracia e algumas diferenças são apenas semânticas.

Na ditadura sabíamos o nome de quem nos castrava. Era uma funcionária do DOPS, uma delegada da polícia federal.
Hoje o censor é covarde. Ele tem vergonha de fazer o que faz e usa do poder econômico para calar a voz que lhe incomoda. Ele financia os veículos de comunicação e ameaça com a retirada dos recursos. Com o rabo preso e a bunda mole, os donos de rádios e Tvs cedem, porque não querem ter problemas.

Nomes eu não cito porque não sou bobo. Mas sei de tudo.

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