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24 de abril de 2011

MEUS OVOS



Muitas pessoas - particularmente crianças - têm me perguntado sobre o motivo de, na Páscoa, comermos ovos de chocolate que supostamente são trazidos por coelhos.
Eu tento explicar que é só uma invenção do comércio de chocolate, mas, "e o coelho?" insistem os pequenos.

Foi então que resolvi pesquisar, não no Google, mas nas tradições escritas do cristianismo para desvendar esse mistério.

Ao terceiro dia Jesus ressuscitou - todo mundo sabe. Mas quando apareceu aos seus, São Tomé questionou: "Mas você estava morto mesmo, ou só estava fingindo?".
Ao que Jesus impaciente suspirou: "Ai, meus ovos", (porque era comum entre os judeus naquela época, quando alguém duvidava da sua palavra, que a pessoa desafiasse dizendo: "Pegue aqui nos meus ovos então").

Tomé entendeu que os sagrados ovos eram a prova da ressurreição. Daí criou-se a tradição de pegar nos ovos na Páscoa, o que significa: "Aqui estão os ovos que são a prova da ressurreição".
Durante muito tempo então, na época da Páscoa, os cristãos se saudavam segurando uns nos ovos dos outros.

Enquanto era uma coisa só entre eles, tudo bem. Mas quando o cristianismo expandiu, essa história de pegar nos ovos ficou mal vista. Os neófitos enfiavam as mãos sob as vestes dos velhófitos e nem sempre achavam os ovos. Daí perguntavam: "Onde estão os ovinhos?", e a resposta era: "debaixo do coelhinho peludo, continua procurando".

Foi assim que o coelhinho entrou na história. E quando alguém questionava "mas coelhos não botam ovos", os cristãos respondiam: "Pra Deus isso é o de menos".

Recentemente, quando as pessoas começaram a ter hábitos mais decentes, o "pegar nos ovos" foi substituído por "trocar ovos".

E o chocolate?
Ora, qualquer coisa de chocolate é melhor. Só isso.

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