Juiz de Fora tem o carnaval do sossego. Se você não passar
pela Avenida Brasil nesses dias não verá a festa. Se passar, verá um espetáculo
de qualidade questionável. Um modelo que merece, no mínimo, ser revisto.
Não tenho nada contra o carnaval que se faz (eu adoro esse
sossego!), exceto porque consome consideráveis R$ 1.600.000,00 (um milhão e seiscentos
mil reais) do orçamento municipal, que somados aos R$ 300.000,00 do Corredor da
Folia, atingem quase dois milhões.
O resultado (quantitativo e qualitativo) justifica a
despesa?
A maior parte dos gastos, creio eu, se concentra no desfile
das escolas de samba na avenida: montagem das arquibancadas, sonorização, mídia
e apoio financeiro direto às escolas e blocos. Tudo isso para atender umas dez
mil pessoas que é o público que vai ao evento.
Aproveitando a oportunidade, outro número que me incomoda é
o relativo ao Festival Nacional de Teatro de JF.
A Funalfa tem no orçamento R$ 480.000,00 (quatrocentos e
oitenta mil reais) para o evento.
Considerando os dados da última edição, se todas as sessões
do Festival lotaram, atingimos uns 10 mil espectadores. Lembrando que o acesso
é gratuito (o que é um deformador de
público) bastando a troca por um livro.
Para usar uma referência, a Campanha de Popularização do
Teatro de JF (evento privado) recebe R$ 10.000,00 (dez mil reais) de apoio
(cerca de 2% do que a Funalfa gasta no seu evento próprio) e leva cerca de
quinze mil pessoas aos teatros, pagando
ingresso.
Porém, o que mais me incomoda e grita a quem se preocupa com
a produção teatral local é que dos quinze selecionados para a mostra
competitiva NENHUM É DE JUIZ DE FORA. Seja por desinteresse ou falta de
qualidade.
Meu amigo Bruno Siqueira, quando daremos paz aos números?
Essas "escolas".... Quanto é a matrícula? Quero aprender a sambar....kkkkkkkkk
ResponderExcluirPiada.... Todo mundo mamando nas tetas do governo... |
Mas quando pode tudo por voto, dá nisso....