Você me encontra também no Facebook e no Twitter

24 de junho de 2013

O COLAPSO DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

 

Talvez o significado mais importante dos eventos recentes seja que eles evidenciam um colapso do que aqui chamamos de "democracia representativa". Simplificando, é o regime político que funciona através do voto popular, que elege representantes para mandatos de legisladores e executivos. Ou seja, eu e você tentamos escolher aquele que tomará importantes decisões em nosso nome. Digo "tentamos" porque muitas vezes não elegemos nossos candidatos e aí nosso voto meio que não vale nada, senão o que - com peitos estufados se diz - exercitamos nosso direito de cidadão.

A nossa democracia é uma farsa. É coisa pra inglês ver. É o regime dos espertalhões, mantido e mantenedor de uma imensa rede de corrupção que envolve políticos, juízes, empresários e uma grande massa de povo, que é tão corrupta quanto aqueles que os corrompem.

O que as ruas estão gritando é: "Políticos, vocês não nos representam. Já que vocês não estão entendendo, desenhamos cartazes e gritamos bem alto". Se for preciso e se nada for feito, é possível que a indignação mostre outras armas.

Não sei onde vai dar tudo isso, mas pra mim já deu o suficiente. Nunca se discutiu e fez tanta política sem políticos profissionais. Nas ruas, nos bares, nas escolas, nos ônibus, só se fala nisso. Nunca se debateu tanto o Brasil. E isso é lindo e necessário.

É provável que o movimento nas ruas perca força e "estrategicamente" dê um tempo. Uma coisa, porém, é certa: inventamos um mecanismo de exercício da cidadania, lotar as ruas de gente e gritar. Com todas as imperfeições, tomamos nas mãos nosso direito político.

Os políticos não nos representam.
De alguma maneira o mandato desses eleitos venceu. Não falo em golpe, mas se eles tiverem dignidade e espírito cívico, devem convocar uma nova Assembleia Constituinte sem eles.
Urge uma profunda Reforma Política que tem que ser feita SEM OS POLÍTICOS PROFISSIONAIS. Se entregarmos aos Deputados e Senadores essa tarefa eles só encontrarão uma maneira de prolongar privilégios e acomodar pleitos.


O começo da construção é na base. Precisamos de legisladores e executivos que combinem com esse futuro que foi desejado nessas manifestações.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário