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10 de março de 2008

FARCS, TALIBÃS E OUTRAS INSANIDADES




Fui ver um filme muito triste e só fui porque convidado por uma bela dama, senão, não iria. O filme é o afegão "O Caçador de Pipas".
Na sala ao lado passava outro filme que também tinha o Afeganistão como cenário, "Rambo IV". Eu disse, "quer ver o Afeganistão, vamos ver o Rambo". Não consegui convencê-la.

Minha resistência não é por ser um filme "étnico" ou "de arte". É porque é real e deprimente. Eu fico muito mal quando vejo esses filmes que mostram massacres de povos, etnias, raças, sejam judeus, índios, negros etc. Eles mostram um lado obscuro da humanidade que resiste aos séculos.

Mais ou menos evidente, essa semente da autodestruição, o lado negro da força, está presente quando europeus barram emigrantes e ao mesmo tempo, pagam para que seus cidadãos tenham filhos. É a idéia do "sangue sujo" do estrangeiro, que vai macular a "raça pura". Assim, sérvios violentavam mulheres da Bósnia para "sujar" o sangue de seus descendentes.

Esse princípio nazista da superioridade de uma raça (conceito desmoralizado pela ciência contemporânea) exterminou nações na América, alimenta conflitos na África, na Ásia e na Europa. Recentemente o governo da Austrália fez um pedido formal de desculpas aos aborígenes, por ter seqüestrado seus filhos para que fossem educados como "civilizados brancos".

A intolerância está presente em nós como um gatilho sensível, tão fácil de ser disparado. Farcs, Talibãs, KKK, torcidas organizadas, bebem todas na mesma fonte. Matamos uns aos outros por diferenças de nacionalidade, de raça, de sexo, de idéias e até por torcer por times diferentes.

Como somos estúpidos!

E os mais estúpidos entre nós viram nossos governantes, não raro eleitos por defender idéias de intolerância.

E o filme?
É a história de um menino babaca que trai seu melhor amigo, o abandona à própria sorte num país invadido e destruído pela guerra, e que mais tarde ganha dinheiro vendendo um livro e um filme onde conta essa história.

Devia ter visto o Rambo.



ELEIÇÕES 2008




Estamos há cerca de quatro meses das convenções que vão decidir os candidatos a prefeito e as coisas começam a ficar mais claras.


Bejani foi o primeiro a definir sua candidatura. Fez isso há dois anos quando exigiu fidelidade dos seus cargos de confiança na famosa carta que todo mundo tinha que assinar. Ali começou a pavimentar sua campanha. Aliás, o trabalho de pavimentação foi feito com o uso da máquina pública, hábito que tem prejudicado a imagem do prefeito.

O que dizem por aí é que os números de Bejani despencam, apesar dos esforços e das despesas com a publicidade oficial. Ele vai levar pancada de todo lado. Dizem também que a Panorama tem um arquivo de "erros de administração" guardado para o período da campanha.



Por falar em Panorama, de lá vem o segundo candidato já definido. Omar é o segundo maior telhado de vidro dessas eleições. Apesar da pose de paladino da retidão, o passado lhe cobra. O caso do incêndio do prédio histórico em Ouro Preto é cercado de mistérios. O episódio se compara em enigmas ao roubo da fazenda de Ewbanck.
Omar não é a flor que quer parecer. Ele lida com tudo (incluindo seus negócios) como uma criança que toda hora enjoa dos brinquedos e quer uma novidade. É só lembrar do Jornal Panorama, da TV, do time do Tupi, etc.

Na minha opinião, Omar e Bejani são farinha do mesmo saco. Eles representam o maior mal a ser evitado para o futuro da cidade.

Correndo por fora vem Sebastião, 'home bão'! Teria meu voto se eu não tivesse outro candidato.

Margarida Salomão tenta mais uma vez carregar a pesada bandeira do PT de Juiz de Fora. E essa talvez seja a sua maior dificuldade. Além dos problemas internos, fala sério, quem agüenta a companheirada no poder? Mas que ninguém tenha dúvida que o apoio do planalto vai pesar. O voto dos bolsa-família-dependentes vai falar nas urnas.



Por fim, o maior mistério desta eleição fica por conta da dúvida entre pai e filho. Não há possibilidade de disputa entre os dois. Então, um sai e o outro apóia.
Se fosse consultado diria que o Tarcísio deve assumir a posição de regente do grupo e abençoar a jornada de Júlio. O lema que vai pegar nessa campanha é "renovação" e Júlio, sem dúvida, tem mais chances de colar em si essa etiqueta.

O problema pra Tarcísio é o PMDB, que sem Tarcísio vai ficar meio que nem cachorro-que-cai-de-caminhão-de-mudança. Sua melhor alternativa é fazer um vice.

Neste cenário, meu candidato é o Júlio. Tem experiência e energia pra dar a sacudida que essa cidade precisa. É um deputado respeitado, conta com o patrimônio político da família e tem mostrado posições claras quando chamado a comparecer.



De resto, o PSDB parece não ter candidato próprio, porque quem quer ser prefeito no partido, o partido não quer. Mas será um dos apoios que vão decidir o pleito. Afinal, Aécio e seu equipamento vão estar por trás.

Esqueci de alguém? Talvez, mas o elenco do drama já está definido. Vamos aguardar que as cortinas se abram.

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