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27 de abril de 2008

OPERAÇÃO CARA-DE-PAU


(a foto acima foi chupada da edição de domingo da Tribuna e pervertida pelo departamento artístico deste blog)

As despesas da defesa de Bejani vão nos custar caro. O que ele vai gastar para limpar sua imagem perante a opinião pública vai aumentar o prejuízo aos cofres públicos.
A gastança coordenada pelo marketeiro Hyé começou neste fim de semana, com a matéria paga tratada como "entrevista" na Tribuna de Minas de hoje (domingo).

Inicialmente pareceu estranho que uma prometida coletiva tenha se transformado numa exclusiva. A foto, os títulos das manchetes só não são mais descaradamente favoráveis ao entrevistado que o conteúdo da matéria. O correto seria que o leitor fosse informado se tratar de propaganda.

Em alguns trechos eu quase fui às lágrimas. Não por comoção, mas pela tristeza de ver um momento tão degradante da história do nosso jornalismo.

Não estamos mais num tempo de suspeitas, de desconfianças, de antipatias ou divergências políticas. Temos nomes, números, sabemos quem opera o esquema e como ele funciona. A Polícia federal trabalhou oito meses levantando provas e gravando conversas telefônicas.

Agora é hora de saber quem é quem: os que se colocarem ao lado dele ou são inocentes (e eu acredito que existam) ou cúmplices.

Bejani tem hoje mais de 70% de rejeição. Vai tentar reverter gastando nosso dinheiro comprando páginas, propaganda e votos na Câmara. A arrogância com que ele se dispôs a enfrentar a CPI só tem uma explicação: os votos suficientes para rejeitar o relatório desfavorável (se houver) já têm preço.

E quem vai pagar tudo isso, como sempre, somos nós.

Numa coisa pelo menos eu concordo com ele: "já devia ter sido preso antes".



O Brasil hoje dorme mais feliz!

Um comentário:

  1. Sem dúvida a vergonha que temos da imprensa local, recai no conchavo existente entre a empresa privada de comunicação e o poder público. Não é de estranhar tal comportamento, afinal a folha de pagamento da tribuna consta repasse de verba pela publicidade dos atos de governo. Quem paga quando não lida com a impessoalidade, exige regalias no tratamento. Já é hora do Município pensar na imprensa oficial para tratar dos assuntos de governo. O número de habitantes permite essa modalidade. Uma empresa privada de publicidade e propaganda cobra bem mais caro do que seria repassado se o órgão fosse a imprensa oficial.

    Elisabeth Merelim

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