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5 de junho de 2008

CORDEL DO AÇO



(autor desconhecido)

Era uma vez
no Vale do Aço

havia uma jovem donzela
dizem, boa de braço

tinha escrita ligeira
e era firme no traço

tida como esperta
e famosa no paço

seu nome era
Vanessa Loçasso.

Quis o destino
- e essa história eu passo -

que a dita donzela
sem nenhum embaraço

se juntasse em conluio
ao sobrinho do palhaço.

Fizeram um plano
coisa de cangaço

de pilhar uma cidade
e deixá-la no bagaço

armaram uma quadrilha
e dominaram o pedaço

juntaram muito dinheiro
e guardaram em maço.

Mas a Polícia Federal
armou bem o laço

pegou o casal
com muito estardalhaço

desmanchou a quadrilha
desse povo devasso

acabou com o esquema
e correu pro abraço.

E o plano mirabolante
caiu em descompasso

o sonho de riqueza
se transformou em fracasso

porque no delírio da fortuna
cometeram erro crasso

com muita sede ao pote
e ganância sem cansaço

se engasgaram na cobiça
e atolaram no melaço.

E o juiz agora resolve:
"se o povo satisfaço"

"quem tinha cargo público
eu decido que casso"

"e o resto do bando
mando tudo pro espaço"

"pois com gente dessa laia
é assim que eu faço"

"persigo até o fim
e a corrupção eu desgraço".

E fez questão de lembrar
que as algemas são de aço.

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