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31 de março de 2009

FECHA O TEATRO


Ajudei na produção do show do Emmerson ontem, no aniversário do Central.
O show foi muita alegria e farofa de luxo com fartura, porque enquanto houver cover ninguém passa fome.

Porém um fato importante aconteceu fora dos olhos do público. Assim que acabou o espetáculo e começou a desmontagem dos equipamentos, fomos surpreendidos com a presença de uma viatura policial que compareceu ao local para atender a uma queixa de perturbação da ordem.

O autor da queixa é um senhor que se diz "representante da associação de moradores da Rua São João", que não quer saber de movimento de veículos - entre outras coisas - na parte dos fundos do teatro. Por conta da ação desse cidadão os carregadores tiveram que levar as imensas caixas na mão, debaixo da chuva, até a Rua Santa Rita.

Como um teatro pode funcionar sem a possibilidade de carga e descarga (inclusive dos artistas)?

A questão é: qual interesse é superior? O coletivo das milhares de pessoas que usam o teatro: público, produtores, técnicos, artistas, etc? Ou a meia dúzia de "membros da associação de moradores da Rua São João"?

Quem vai morar ali sabe que naquele ponto da cidade existe um teatro de 80 anos que é uma das casas mais importantes do país.

Prefeito e Reitor precisam entrar em cena porque está armada uma comédia pastelão de péssimo gosto que - se não for dirigida com pulso firme - pode acabar em tragédia.

A continuar assim o Cine Theatro Central terá que encerrar suas atividades porque está atrapalhando o vizinho. Ora, tenha a paciência!

Quem quer sossego de roça escolheu o lugar errado ao ir morar no centro. Os bairros ainda têm lugares calmos. Sarandira é uma beleza! O mundo mudou e a legislação tem que ter a inteligência de acompanhar essa mudança.


SUPER

Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser.
Dito isso, ontem recebi uma dica importante de como se salvar numa situação embaraçosa usando um adjetivo neutro. Isso mesmo, um adjetivo que não atribui qualidade ou apenas atribui subjetivamente.

Um exemplo disso é o adjetivo "super".

Por exemplo, se uma mulher te pergunta "cortei o cabelo, o que você achou?"

Você responde, "está super"! E se livra de maiores detalhes. Porque, sem ela perceber, você não respondeu nada. Pode estar super-feio, super-cafona, super-brega. Mas, o complemento guarde pra você.

3 comentários:

  1. Comentário 1: Sou pela conservação do Teatro Central e seus arredores, que inclusive vivem entulhados de lixo (já reparou?) durante toda a luz do dia. Tráfego de carros, em dia de show, e em caráter excepcional, não é crime nem contravenção, pelo que me espanta a polícia ter atendido prontamente ao chamado do zeloso morador da São João.

    Comentário 2: Emerson Nogueira é super.

    No sentido de um Paulo Coelho da MPB.

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  2. Registre-se que não fui ao show porque não consegui ingresso. Os ingressos já tinham esgotado já na sexta-feira, dia 27/03.

    Segundo me informou o bilheteiro do Central, algumas pessoas estavam pegando ingressos (que eram gratuitos) para depois vender.

    Quanto ao fato de Emmerson ser um "Paulo Coelho da MPB", acho uma sacanagem falar isto do músico.

    Tudo bem que "fezer cover" é diferente de "criar", mas o que marca Emmerson é a sua competência em "reconstruir" de forma muito competente e criativa os arranjos das canções existentes. Além, claro, de escolher muito bem o repertório e os músicos. A propósito, tem uma backing vocal chamada Vanessa Farias que é uma delícia de ouvir (e ver, claro :-)

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  3. Opa!

    Gueminho, encaminhe minhas desculpas ao Mike. Chamo o tal Emerson de Paulo Coelho porque eu acho que ambos colheram, da mídia, louros além do que o talento alcança. Não gosto daquela voz nem do efeito Ivete (o fato de cantar todas as músicas do mesmo jeito).

    Mas se vocês curtem, e têm todo o direito, peço minhas escusas. By heart.

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