(foto da Tribuna de Minas, na segunda feira pp.)
O Carnaval de Juiz de Fora é um paciente em coma na UTI. Se
desligarem os equipamentos ele morre.
E esses equipamentos custam caro ao seu "plano de
saúde", que a cada ano desperdiça cerca de dois milhões num modelo falido.
A maior parte dos recursos é gasto no Desfile das Escolas de
Samba, que além da verba destinada às agremiações, ainda inclui a montagem do
sambódromo, sonorização, mídias etc. E de todos, esse é o momento que oferece
menor retorno à comunidade, considerando a relação custo/benefício.
As autoridades deveriam ter a coragem de dizer um basta. E
tomar pelo menos duas atitudes radicais:
1. Se quiserem o desfile, as Escolas de Samba devem se
profissionalizar para bancá-lo. Mesmo que para isso seja necessário definir um
cronograma de transição.
2. Não há motivo que justifique um evento que mobiliza umas
dez mil pessoas causar o transtorno que afeta seiscentos mil. O evento deve ir p.ex.
para o Parque de Exposições que pode receber estrutura adequada.
A Prefeitura (via Funalfa) deveria rediscutir o modelo de
evento, mas não o fará por vícios crônicos de relação com os agentes do
carnaval. Importante que se diga que essa conta não é dessa administração, mas
se arrasta há décadas.
Para ilustrar a deformação em questão comparo duas despesas
de apoio cultural realizadas pela Prefeitura (via Funalfa).
A Campanha de Popularização do Teatro recebe R$ 10.000,00 da
Funalfa e leva 15 mil pessoas aos teatros. O custo benefício do evento para os
cofres públicos é de R$ 0,66. Ou seja, é isso que o município gasta para
proporcionar um espetáculo de teatro para cada cidadão na plateia.
Já o desfile das Escolas recebe cerca de R$ 1.500.000,00 e
leva umas 10 mil pessoas ao sambódromo. O custo benefício do evento para os
cofres público é de R$ 150,00. Ou seja, é isso que o município paga por cidadão
que vai ao sambódromo.
Quando os papéis se inverterem aí sim a cultura, a informação terão valor. Enquanto elas não RENDEREM NADA AOS BOLSOS DELES rsrsrs não terá valor algum.
ResponderExcluirMAZOLA