Claro! E por um motivo
simples: é um evento que envolve interesses de bilhões de dólares.
Essa é a décima primeira Copa
que eu assisto. E é fato, contra ou a favor, nunca vi uma Copa do Mundo com um
clima tão estranho, ambivalente. O povo dividido, poucos espaços decorados e
uma avalanche de notícias ruins.
Sempre foi comum o pessimismo
em relação ao time. Mas, dessa vez, a seleção era a menor das preocupações.
Depois de tanto que se falou,
se fala e vai se falar, quero registrar alguns pontos, porque se há uma coisa
que me irrita é essa manobra que a mídia faz para repetir tanto uma informação
até que ela seja transformada em verdade.
1. A Copa é um evento
privado, não é um evento público. Um grupo de pessoas ganha muito dinheiro com
ele. Criar essa confusão entre público e privado faz parte de uma grande
estratégia de criar facilidades e mobilizar essa coisa
idiota chamada patriotismo.
2. Quando o governo
brasileiro e o congresso assumiram compromissos tinham tempo suficiente para
realizar todas as obrigações assumidas. E o grande mote para fazer deste um
plano vencedor (aqui, entenda-se assumir compromissos e recursos públicos) era o
bendito “legado”.
3. Vieram as manifestações e
as feridas começaram a ser expostas. Promessas e compromissos começaram a ser
desfeitos da maneira mais irresponsável e desavergonhada possível. E o tal legado
mostrou-se um engodo.
4. O povo adora futebol e quer
a Copa (exceto uma minoria). O que todos (ou a maioria) detestam é a mentira e
a irresponsabilidade dos que prometeram e mais uma vez não fizeram. Esse é o
ponto. Nossa imagem, mais uma vez, corre o risco de ser maculada como um país
que não deve ser levado a sério.
5. Na reta final, toda a
mídia recebeu o recado do departamento comercial: pessimismo não vende cerveja.
Por favor, vamos mudar o foco e começara tratar positivamente do evento.
E a Copa vai acontecer e dois
legados restarão:
O primeiro é o intenso debate
que emergiu, que certamente trará consequências, inclusive sobre as eleições
que acontecem em seguida.
O segundo é ver que existe
aqui um potencial de gentileza, de acolhimento, de alegria do povo, que quando
não são prejudicados e contaminados pela ganância e pela corrupção, indicam o
ambiente para grandes realizações.
Perdemos a Copa de fazer um
trabalho magnífico. Na bola, que
vença o melhor.
Boa GB!!!!
ResponderExcluirEu gostei muito da Fifa frisar que a copa lhe pertence. Parte da classe média acreditava tratar-se de um evento "nacional", mas é como se fosse um campeonato de clubes privados.
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